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quinta-feira, 1 de abril de 2010

Críticas de um Apologista - Episódio 2

Por Rodrigo Toledo

Amo muito tudo isso


    Difícil achar alguém que ainda não tenha lido ou escutado a frase acima. Umas das maiores redes de fastfood do mundo utiliza essa expressão em seus outdoors e comerciais de TV. Basta mencionar essa frase e nossa mente é remetida àquelas imagens tentadoras de batatas fritas crocantes, lanches rapidos e deliciosos, aqueles copos enormes de refrigerante geladíssimo, gente bonita e sorridente, felicidade geral!
    Mas, apenas por um momento quero convidar o leitor a soltar a imaginação e entrar nesse mundo de "faz-de-conta", onde tudo é belo, saboroso, sorridente. Que tal, apenas por um instante, imaginar uma igreja evangélica brasileira que utilize amo muito tudo isso como slogan? Como isso se daria na prática? Como seria a vida de um membro dessa igreja?
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*sua "conversão" se daria num momento de êxtase, num pico emocional, onde o pregador tem que fazer parecer delicioso seguir Jesus naquela igreja. Então omite-se o Reino de Cristo e as consequências de seguí-lo, com uma pitada de PNL para emocionar e manipular;
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*com pouquíssimo tempo na igreja ele é batizado, pois esse é o seu desejo e a liderança não quer contrariá-lo para não perder o seu dízimo (nem precisa mencionar que esse novo convertido não tem as mínimas condições necessárias para passar pelas águas);
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*antes mesmo de terminar seu curso de batismo (que não passa de duas ou três reuniões) ele já está atuante em algum ministério na igreja, pois a liderança entende que ele deve desde já desenvolver seus talentos na "obra do Senhor" (na realidade ele é só mais um que, se não derem-lhe oportunidade de aparecer, ele sai da igreja);
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*durante esse tempo, ele jamais poderá ouvir que para seguir Jesus, deve-se primeiro renunciar suas próprias vontades e desejos, e ainda carregar a cruz (quadro de um homem disposto a sofrer e morrer por amor ao Senhor - dedicação total);
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*deve-se sentir confortável. Pregações que o confrontem com seus pecados tirariam-no da zona de conforto, fazendo amargar o sabor daquele culto ou reunião;
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*então, o novo membro, enganado e manipulado, passa a fazer parte da "comunidade evangélica" que crê em um Deus que fará absolutamente tudo para mantê-los felizes e longe dos problemas. Uma geração que acredita que Deus tem reservado o melhor dessa terra para eles. Que delícia! Amo muito muito isso!

    Voltando a realidade, tenho uma péssima notícia para você: isso tudo acontece de verdade. E está acontecendo, agora! Não em um mundo fantasioso, imaginário. É um problema real e bem assustador. Pessoas estão sendo manipuladas por pseudo-pastores que utilizam técnicas de PNL (péssimo hábito para um cristão) com o intuito de manipular as massas. Omite-se grande parte do evangelho, como por exemplo, renúncia e arrependimento. Não há menção do sangue de Jesus; não há menção da necessidade de vida nova e regeneração, abandono da vida pecaminosa; não há menção da necessidade de examinarmos nosso ser constantemente; não há menção de que nos custará até mesmo a vida seguir a Cristo.
    Em suma, numa igreja dessas, a tendência pecaminosa da nossa natureza irá dizer Amo muito tudo isso.

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Publicado em: março 31, 2010

Por Rodrigo Toledo:



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