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terça-feira, 17 de agosto de 2010

Que saudade... (1)

Por Diogo Henrique de Sá


                 Eu estava lendo um artigo em um blog de um amigo (http://reformaagora.blogspot.com) quando ele me fez o favor de lembrar do grupo musical Formosa, acontece que eu já sou professor de História porque gosto das coisas do passado, ainda o Rodrigo (meu amigo) me faz lembrar de como eram as coisas quando eu era criança.
              Acontece que eu cresci dentro de uma denominação e me lembro como os cantores evangélicos agiam há 25 anos atrás, lembro de vários cantores com vinil gravados indo a minha casa tomar café após um culto de adoração. Estes cantores nunca cobravam para cantar, e nem podiam, a vida não era muito fácil na minha infância, lembro que na congregação onde minha mãe freqüentava comigo e meu irmão, era tudo muito simples, o chão era de terra e nós usávamos as cadeiras de uma irmã que morava no mesmo terreno do salão. Não havia tribuna, somente um púlpitozinho bem velhinho comido por cupim (é a vida não era fácil). Mas como esses cantores amavam a Jesus e estar conosco era muito bom, lembro que alguns desses cantores levavam vários discos e fitas k7 no porta-malas de seus carros, eles sempre vendiam bem barato seus discos, a felicidade deles era ver o seu trabalho sendo usado para o serviço do Reino.
            Meu pai naquela época freqüentava terreiros de umbanda, mas ele tinha um respeito pelos pastores e cantores, aqueles homens realmente tinham algo de Deus, que é difícil explicar. Mas uma coisa era certa eles não eram profissionais eram apenas servos, a gravação de um disco era muito cara e nenhuma gravadora bancava cantores “crentes”, esse era um mercado inexpressivo, isso era bom, pois não criava cobiça no coração dos irmãos. Ah! Os cantores eram irmãos, eles nos abraçavam sorriam conosco, ficavam felizes de serem convidados para cantar em nossa cidade, e dormiam em qualquer colchonete dentro do salão da igreja mesmo, os grupos eram assim também, normalmente eles eram de outras denominações amigas de cidades próximas, mas sempre tinham aqueles que vinham de longe. Minha esposa se lembra de que o Luiz de Carvalho almoçou na casa de sua avó, ela conta até hoje como ele e a esposa foram carinhosos com todos na família.
            Naquela época os cantores amavam a Jesus, e faziam tudo por amor a Ele. Lembro ainda que naquela época, como eu disse, a situação no país não era muito fácil, a inflação era alta e ter um automóvel era luxo... mas as mensagens não falavam de prosperidade, as mensagens nos “cultos” falavam de um Salvador, falavam sobre pecado, falavam de nossa necessidade de crermos em Jesus e sermos seus servos custe o que custasse, como as lágrimas corriam ao cantar o hino 15 da Harpa Cristã: “Oh! Quão cego andei e perdido vaguei, longe, longe do meu Salvador! Mas do céu ele desceu, e seu sangue verteu pra salvar um tão pobre pecador....” havia gratidão nessas palavras, nós sabíamos que éramos pecadores e que Deus tinha sido muito bom para conosco e como amávamos Jesus por isso.
            Como eu disse não se falava em prosperidade, nós tínhamos problemas e quando nos encontrávamos com Cristo os problemas continuavam a existir, não tínhamos nenhuma pretensão de que eles (os problemas) terminassem, mas estávamos satisfeitos em ter nossos nomes escritos no Livro da Vida, isso, por si só, gerava em nós a maior das alegrias, somente isso nos bastava, sempre havia histórias de irmãs que apanhavam de seus maridos que chegavam embriagados em casa, e mesmo assim elas não desanimavam, antes pediam oração por seus esposos, querendo a salvação deles também, as vezes isso acontecia, outras não, mas não desanimávamos estar com Jesus era muito melhor....
              Ah que saudade!
              Precisamos rever nossas atitudes...
              Precisamos voltar à Cruz!
              Continuo com saudade....
              Ainda vou contar mais coisas pra vocês sobre aquele período...

             Jesus é Todo Glorioso.






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