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quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Oh vinde e adoremos!

Por: Diogo Henrique de Sá

            “Ó, vinde, adoremos e prostremo-nos! Ajoelhemos diante do Senhor que nos criou.” (Salmos 95:6)

            Adorar ao Senhor é, com certeza, a atitude mais nobre e sensata que o ser humano pode tomar. Pois adorar ao Senhor é cumprir o propósito pelo qual fomos criados. É desempenhar o nosso papel. Fomos criados para servir a Deus, se não servimos para servi-lo então não servimos para nada. Lembre-se que: “o sal serve para salgar, se ele não salgar, para que mais serve? Qual a serventia do sal se ele não cumprir a sua finalidade? Da mesma forma, qual a serventia do homem ou mulher que não adora a Deus? Nenhuma! Afinal fomos criados para o louvor da sua glória.
            No salmo “95”, encontramos o salmista nos convidando: “ó Vinde e cantemos com alegria”. Esse é o nosso dever, isso é cumprir com a nossa finalidade. Esse é um dos principais ensinamentos da Palavra de Deus. Paulo escrevendo aos Romanos sobre a doutrina da Salvação, faz uma pausa súbita em seu ensino no capítulo 11 vs. 33, e adora a Deus. A intenção de Paulo não era ser didático ali. Ele simplesmente estava adorando, maravilhado pela Graça.

Por que adorá-lo?
            Mas por que adorá-lo? Por que atender o chamado do salmista?  Ele mesmo responde:
“Porque o SENHOR é Deus grande, e Rei grande sobre todos os deuses. Nas suas mãos estão as profundezas da terra, e as alturas dos montes são suas. Seu é o mar, e ele o fez, e as suas mãos formaram a terra seca. O, vinde, adoremos e prostremo-nos; ajoelhemos diante do SENHOR que nos criou. Porque ele é o nosso Deus, e nós povo do seu pasto e ovelhas da sua mão.” (Sl. 95:3-7)

            Devemos adorá-lo, por aquilo o que ele é. Devemos adorá-lo por que ele é grande, por que ele é o criador de todas as coisas. Por que ele merece todo o louvor e adoração. Adoramos tantas coisas que não merecem nossa atenção, quando o único que merece ser Adorado é o Senhor! Ele é maravilhoso. Nos criou por que ele quis. Quando nós colocamos tudo a perder, e estávamos desamparados, ele tomou a iniciativa e veio até nós, por amor. Como não adorar um Deus desse, ele se importou, importou ao ponto de vir na pessoa do Filho, restabelecer para si mesmo aquilo que já era dele. Para isso Jesus precisou morrer, em uma morte dolorosa e humilhante. Mas mesmo assim ele o fez pelo prazer que isso lhe proporcionou. Como não adorar alguém assim. 
Costumamos a celebrar os nossos grandes feitos, mas comparados aos feitos de Deus o que fazemos de especial? De quatro em quatro anos ficamos horas e horas em frente uma televisão para vermos quem são os mais rápidos, os mais fortes, os mais haveis. Mas qual daqueles consegue criar do nada qualquer coisa? É exatamente isso que o salmista está dizendo, louvem ao Senhor pelo o que ele é. Pelos seus Feitos, que são grandiosos, insondáveis mesmo.
Outra questão aqui é que devemos adorar a Deus pelo o que Ele é, e não pelo o que ele pode fazer por nós. Deus não barganha, não posso adorá-lo esperando algo em troca.

Quando não O adoramos
Porém o que ocorre e com muita freqüência, para vergonha nossa, é deixarmos de adorar a Deus. Nosso ser é vacilante, dessa forma volte e meia erramos o alvo. O pior é quando queremos um pouco da glória. E Isso tem acontecido muito, queremos os aplausos, queremos ser vistos nas praças, queremos a fama, queremos que as pessoas olhem pra nós e nos invejem, queremos poder, queremos títulos pomposos, queremos manipular, queremos ser semelhantes ao altíssimo. Temos uma gana, um desejo incontrolável de sermos mais do que somos, que é pó e cinza, o pecado que muitos de nós cometemos é semelhante ao que o Diabo cometeu, temos o desejo de subirmos ao monte do Senhor e sermos semelhantes ao altíssimo. Alias foi esse um dos motivos que levou Eva a comer o fruto proibido.
Isso acontece todos os dias, deixamos extravasar nossa vaidade, ao cantarmos queremos ser reconhecidos pelo nosso talento. Se cantamos em grupo, queremos o solo. “Eu tenho que solar o hino!”, queremos as lideranças, as regências, não para fazer melhor para Deus, mas para sermos vistos pelos homens. Jesus condenou isso nos fariseus. Alargavam as franjas de suas túnicas, faziam orações em voz alta nas praças. Vaidade! Tudo vaidade! Deus despreza esse culto. Muitas de nossas reuniões são insuportáveis para Deus, vejamos Isaias 1.11-15:
De que me {serve} a mim a multidão de vossos sacrifícios, diz o SENHOR? {Já} estou farto dos holocaustos de carneiros e da gordura de {animais} nédios; e não folgo com o sangue de bezerros, nem de cordeiros, nem de bodes. Quando vindes para comparecerdes perante mim, quem requereu isso de vossas mãos, que {viésseis} pisar os meus átrios? Não tragais mais ofertas debalde; o incenso é para mim abominação, e também as Festas da Lua Nova, e os sábados, e a convocação das congregações; não posso suportar iniqüidade, nem mesmo o ajuntamento solene. As vossas Festas da Lua Nova, e as vossas solenidades aborrecem a minha alma; {já} me são pesadas; já estou cansado de {as} sofrer. Pelo que, quando estendeis as mãos, escondo de vós os olhos; sim, quando multiplicais as vossas orações, não as ouço, {porque} as vossas mãos estão cheias de sangue.

Primeiro começa com o desfile de moda, depois com alguns testemunhos onde queremos mostrar que somos mais abençoados do que outros, como se tudo não fosse pela Graça, logo em seguida a cantoria, e por fim vem o pregador saltitante para delírio da galera. Viemos a igreja e não temos nada para oferecer a Deus, temos muito o que fazer, mas Deus não é honrado.
Podemos ver isso, nas músicas que cantamos, o foco está em nós e em nossas proezas. Jesus não é mais o centro de nossa adoração. As letras falam do que nós faremos cheios da unção! E esquecemos que não fazemos nada. É tudo pela Graça. Além disso nos tornamos bebes chorões! Querendo sempre uma mamadeira e um afago de Deus, como se ele tivesse alguma obrigação para conosco. Ficamos cantando e chorando, sobre o fato de Deus nos querer, como se fosse ele que precisasse de nós. Quando na verdade nós é que somos totalmente dependentes dele. Nós que deveríamos clamar desesperados pelo amor dele, ficamos com os nossos travesseiros molhados, esperando um mimo. Não estou dizendo que Jesus não te ame, ou não te queira. Estou dizendo que é você quem precisa demonstrar qualquer coisa aqui, o culto é seu para Ele, e não o contrário.
Precisamos entender quem é o Senhor em nossa relação com Deus. É ele e não nós que precisa ser adorado, é ele e não nós que merece ser agradado. Não podemos exigir nada dele, ele não sai por aí fazendo promessas que não estejam em suas escrituras. Tudo o que acontece de bom em sua vida acontece porque ele é bom, pela Graça. Então pare com essa tolice e escolha melhor as músicas que você canta. E que isso seja um reflexo de um coração agradecido. Noventa por cento das músicas que cantamos não passam de asneiras, que não possuem nenhuma inspiração divina. Você pode me perguntar do mover que você sente quando alguém canta. É puro emocionalismo, nosso “coração é enganoso, mais do que qualquer coisa. Quem o conhecerá” (Jeremias 17:9), Deus não tem nada com isso. Nós confundimos nossas emoções com agir de Deus. Na verdade isso ocorre porque não conhecemos nada sobre Deus. Não entendemos que Deus jamais contradiz sua Palavra, Ele vela para a cumpri-la. E por não conhecermos a Deus satisfatoriamente não conseguimos adorá-lo. Precisamos ter um coração agradecido. Mas para ser grato temos que entender nossa condição perante Deus e o risco que corremos distante dele.
Algumas pessoas pensam que o Apóstolo Paulo não tinha senso de humor, mas ele diz algo muito interessante em Gálatas 6:14: “Mas longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu, para o mundo.” Paulo está contando uma piada. Isto porque quando olhamos para cruz não temos do que nos gloriar. Tudo ali foi por Cristo. Nós não temos méritos na morte de Cristo da Cruz. Pode tentar se gloriar, mas não encontrará méritos seus ali.

O perigo de provocarmos a Deus
Erramos, pois às vezes queremos agradar a homens, queremos seguir o modelo anti-bíblico de outros grupos, que as vezes parecem dar certo, e erramos pois queremos fazer as coisas da nossa maneira. Foi assim com Davi e Abinadabe:
“E teve Davi conselho com os capitães dos milhares, e dos centos, {e} com todos os príncipes; e disse Davi a toda a congregação de Israel: Se bem {vos parece} e {se vem} isso do SENHOR, nosso Deus, enviemos depressa {mensageiros} a todos os nossos outros irmãos em todas as terras de Israel, e aos sacerdotes, e aos levitas com eles nas cidades e nos seus arrabaldes, para que se ajuntem conosco; e tornemos a trazer para nós a arca do nosso Deus; porque não a buscamos nos dias de Saul. Então, disse toda a congregação que assim se fizesse; porque esse negócio pareceu reto aos olhos de todo o povo. Ajuntou, pois, Davi a todo o Israel desde Sior do Egito até chegar a Hamate, para trazer a arca de Deus de Quiriate-Jearim. E, então, Davi, com todo o Israel, subiu a Baalá {e dali} a Quiriate-Jearim, que {está} em Judá, para fazer subir dali a arca de Deus, o SENHOR que habita {entre} os querubins, {sobre} a qual é invocado o seu nome. E levaram a arca de Deus sobre um carro novo, da casa de Abinadabe; e Uzá e Aiô guiavam o carro. Davi e todo o Israel alegravam-se perante Deus, com toda a sua força; em cânticos, com harpas, e com alaúdes, e com tamboris, e com címbalos, e com trombetas. E, chegando à eira de Quidom, estendeu Uzá a mão, para segurar a arca, porque os bois tropeçavam. Então, se acendeu a ira do SENHOR contra Uzá e o feriu, por ter estendido a mão à arca; e morreu ali perante Deus.” (1º Cr.13:1-10)

A atitude de Uzá foi considerada extremamente arrogante diante de Deus, ele ousou ultrapassar os limites estabelecidos por Deus. A Arca simbolizava a glória de Deus, ninguém toca na glória de Deus e sobrevive para contar a história. Uzá tocou na Arca porque ele imaginou que seus dedos apodrecidos pelo pecado fossem melhores do que a terra. Quando fazemos as coisas da forma errada tocamos no sagrado e ultrapassamos os seus limites provocando assim a Ira do Altíssimo.
O salmista na altura do verso 8 nos adverte sobre o perigo de provocarmos Deus.

Nossas motivações
Se existe alguém que deveríamos temer, esse alguém é Deus. Ele pode, além de nos matar, ainda pode jogar nossa alma no inferno (Lucas 12:5). Mas eu não quero tratar a questão desta forma. Não! Eu seria muito raso em minha analise. Não podemos adorar a Deus por que ele é poderoso e pode nos destruir, não devemos fazer por medo.
Nós devemos adorar ao Senhor porque o amamos. Deveríamos temer, ter medo mesmo, de não amá-lo. Precisamos ter desejo de adorá-lo, de cantar alegremente os seus feitos, cantar a sua salvação. Mas para amá-lo precisamos nos aproximar Dele. Precisamos nos deleitar nele. Jesus é bom, ele é a fonte de toda benção. Coisas boas acontecem porque ele permite. Como não amar uma pessoa assim.
Devemos adorá-lo por que ele é totalmente glorioso, porque ele é totalmente justo, porque ele é totalmente bom, totalmente amável, como não amar alguém assim. Quer motivação maior do que essa?
Precisamos nos achegar a Ele humildemente, mas com ousadia, não para pedir, mas para agradecer, para adorar, para exaltar, para louvar, para bem dizê-lo. Nos entregar, trazer a nossa oferta, não de dinheiro, mas da vida.

Como adorá-lo
Mas como adorar ao Senhor? Em Espírito e em verdade. De todo o coração, de todo o nosso ser. João nos conta a história sobre a mulher samaritana que querendo acabar com sua conversa com Jesus pergunta: “Nossos pais adoraram neste monte, e vós dizeis que é em Jerusalém o lugar onde se deve adorar.” (Jo 4:20), Jesus responde de maneira impressionante: “Disse-lhe Jesus: Mulher, crê-me que a hora vem em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai.” E termina dizendo:Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, porque o Pai procura a tais que assim o adorem.” (Jo 4:21e23). Jesus nos ensina que a verdadeira questão não é a onde adoramos, mas como adoramos. É nisso que devemos pensar, devemos gastar tempo e energia em adorar ao Senhor em todas as formas possíveis, com nossa vida.
            Devemos entender o conselho de Paulo que diz: “Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para a glória de Deus.” (1ª Cor. 10:31). Em tudo o que fizermos o nome de Cristo deve ser honrado. As pessoas precisam enxergar Cristo em tudo o que fazemos, nossas atitudes precisam evidenciar a Glória de Cristo!
Ah Jesus Cristo seja a Glória para sempre!

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