Por: Diogo Henrique de Sá
Meu amigo (e irmão em Cristo)
Rodrigo possui um blog que leva o título: “Reforma Agora!”. Quando falamos de
Reforma Agora, ou Revolução de Identidade, pode parecer muita pretensão de
nossa parte. Há bem da verdade, é isso que ouvimos. Algumas pessoas nos
questionam: “Você pensa que é Lutero?” Ta achando que vai mudar o mundo?
Minha resposta a essas indagações é:
“NÃO! Eu não posso mudar o mundo! E nem pretendo fazê-lo!”
A percepção da realidade para algumas
pessoas está distorcida. Nós nos acostumamos tanto com esse nosso conceito
renascentista, de que o “homem é a medida de todas as coisas”, que passamos a
interpretar a história da humanidade do ponto de vista humano, valorizando os
grandes feitos da humanidade. É importante estudar a história da Igreja, e as
biografias dos nossos irmãos do passado me ajudam a enxergar-me pequeno. Não
raro fico humilhado ao ler sobre o amor e esforço destes verdadeiros heróis do
passado, um fator é comum a todos eles: Amaram mais a Cristo do que a própria
vida!
Mas.... Sabe eles não eram
diferentes de eu e você. Eles eram homens e mulheres, comuns. Tinham os seus
sonhos... Tinham seus projetos.... Estavam inseridos em uma comunidade
religiosa.... Nas suas comunidades, existiam pessoas com as mesmas perspectivas
que eles, sobre a vida, trabalho, religiosidade.... Porém, devido à motivos
para nós desconhecidos (pois Deus se dignifica guardar para si seus motivos)
estes homens comuns tiveram seus sentidos aguçados, uma realidade, até então encoberta, foi
descortinada diante deles. Todos eles se sentiram esmagados perante a drástica
realidade que os cercava, todos eles reagiram da mesma forma, foram até o
Calvário, se humilharam lá, se sentindo como parte do problema, se desmancharam
diante do Cordeiro. Permaneceram em oração e meditação séria na Palavra. Só se
levantaram quando o Espírito os colocou de pé.
Ao levantarem, uma convicção divina
havia lhes dominado: “Algo precisava mudar. As coisas não poderiam permanecer
como estavam.” Eles não sabiam o que fazer, mas continuaram em oração e
estudando a Palavra. Então o Espírito os conduziu aos desertos, que para eles
foram às praças, as ruas e vielas, as minas de carvão, os centros acadêmicos,
as igrejas (até que foram expulsos delas). No seu deserto pregaram o Evangelho
da Graça, poderosamente guarnecidos de coragem que não lhes era própria.
Temendo nada além do pecado eles ensinaram, pregaram insistentemente, viveram,
se deram, e morreram. “Cristo era a vida
e o morrer era o lucro!” (Fp 1:21).
Mas não se engane, eles não mudaram
o mundo, eles não avivaram ninguém, eles não fizeram nada por eles mesmos. Foi
Cristo que fez tudo, é Ele que edifica a Igreja, essa incumbência não é
dividida com ninguém. Nunca partiu de homem algum, o desejo por Deus. É Cristo
que incendeia o coração do homem. É o Espírito Santo que impulsiona. Foi o
Trino Deus que apareceu na sarça, é Ele que se assenta sobre um alto e sublime
trono, foi Ele que levou o moço a casa do oleiro, foi Ele que se revelou no
caminho de Damasco, foi Ele que conduziu outro ao deserto junto ao carro, Foi
Ele que inspirou as Teses. É Ele, sempre Ele.
Diante dessa verdade incontestável,
retorno a reflexão acima. Se Deus misericordiosamente, pois não somos nada (um
cão morto como diria Davi), abriu nossos olhos para a realidade de quem Ele é,
e fomos esmagados diante dessa revelação, só podemos cair de joelhos como
Isaías e desesperados clamar: “Ai de mim...” Quando Deus escancarou meus olhos
para a real situação dos cristãos no Brasil e no mundo eu confesso que me senti
sem forças, me desanimei, comecei a clamar violência! Violência! Ninguém me deu
ouvidos. Mas encontrei a Cruz, e ela se agigantou diante de mim. Foi Ele que
morreu nela, não eu. Ele continua no controle, sua vitória é certa e o juízo
vindouro está mais próximo do que nunca.
Não somos Lutero, no entanto, Deus
continua sendo Deus. Não nos aproximaríamos de Cristo, se Ele não nos
aproximasse, não conseguiríamos batalhar pela Fé, se Cristo não nos arregimentasse,
e nos desse as armas. Deus, e somente Deus, nos reuniu, ainda que somos pó, nos
deu os meios. E levantou um exército que não se dobrou diante de carismáticos
líderes de denominação.
Se você está confortável com os
rumos da Igreja, tem algo errado com você. Escute o chamado: Revolucione, vá
mais longe, não se contente com a vida que tem.
Retome sua Identidade enquanto cristão. E,
por que não, Reforma Agora! A qualquer preço.
A Jesus seja a Glória!
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