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quarta-feira, 30 de maio de 2012

Chamados para Julgar - Josemar Bessa



publicado originalmente em: http://www.josemarbessa.com/
Fazer julgamentos esta no âmago da vida Cristã - Então o que Jesus quis dizer com "Não julgueis para que não sejais julgados" - (Mt. 7.1)? - josemarbessa.blogspot.com e vemver.tv

domingo, 27 de maio de 2012

Reflexão: Você não está só na Batalha!





Já parou para relfetir que a vida cristã é semelhante um campo de batalha? Imagine uma guerra onde você esta sendo atacado a todo momento, seja de dia, seja de noite, 24 horas por dia! Onde você só tem uma opção a seguir: enfrente a batalha!

E neste campo de batalha não tem só você, existem muitas pessoas junto sendo bombardeadas com pensamentos como “o melhor é desistir”, mas se desistir o inimigo irá mata-lo sem piedade e sem remorso algum, porque o que vale nessa guerra pra ele é destruir quantas pessoas conseguir (Jo 10.10).

Você olha para um lado e vê pessoas atingidas, mas, tomado com a convicção de que irá conseguir chegar até o fim, e também vê pessoas que apenas pensaram em desistir e se entregaram ao inimigo pensando que fizeram uma ótima escolha, quando na realidade tal escolha fora o mesmo que se apontasse uma arma em sua própria cabeça e atirasse contra si mesmo.


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Qual é a autoridade máxima da Igreja?




Recentemente um amigo compartilhou o tema da pregação em sua igreja: lealdade. Nela o líder expressava que os membros daquela denominação deveriam ser totalmente leais ao Pastor e a visão da Igreja, porque só desta forma eles iriam alcançar o crescimento que procuravam. Entenda: crescimento não como “espiritual”, mas numérico. Isto faz sentido, pois se eles querem crescer numericamente aplicando os métodos que entendem ser mais viáveis, só irá acontecer se eles tiverem “trabalhadores” fiéis ao Pastor e a visão da Igreja.

O lamentável de toda esta situação é que a Palavra de Deus não foi colocada em questão. Simplesmente foi explanado que devemos ser totalmente submissos ao Pastor e a denominação. Portanto, não importa se o Pastor está indo contra princípios bíblicos, devo ser “100%” o Pastor.

Esta visão de submissão cega contradiz o princípio geral sobre submissão que a Bíblia nos ensina. Sabemos que devemos ser submissos aos líderes espirituais, às autoridades físicas, aos nossos pais. Porém, quando se trata das autoridades do governo e a lei, todos nós concordamos que devemos submissão a eles, somente até o momento que as leis não vão contra os princípios de Deus. Isto também fica muito claro na questão de submissão na família, ou seja, devemos submeter-se aos nossos pais, e a mulher ao seu marido, no Senhor (Ef 6:1). Submeter-se no Senhor, significa que a partir do momento que aquele a quem devo submissão estiver ensinando ou exigindo algo fora “do Senhor”, isto é, fora dos princípios de Deus, eu já não devo mais submissão a Ele. Toda submissão bíblica que devemos aos homens, deve ser feita no Senhor. Isto inclui a submissão na Igreja, entre os líderes e os liderados. Porém, nossos líderes não têm ensinado estas coisas, para eles, devemos obedecê-los sempre, independente se eles contradizem as Escrituras ou não!

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quarta-feira, 23 de maio de 2012

JESUS É MAIOR


Jesus é Maior

Jesus Cristo, ontem e hoje, é o mesmo e o será para sempre” (Hb 13.8).
O brado “Allahu Akbar” é ouvido diariamente de todos os minaretes. Normalmente a expressão é traduzida como “Alá é grande”. Na verdade, o significado correto de “Allahu Akbar” – e este é o sentido que todos os muçulmanos lhe dão – é: “Alá é maior”. Alá é maior que Yahweh (Javé), Alá é maior que o Deus da Bíblia, Alá é maior que tudo. Não há nada que chegue perto dele.
A declaração de fé muçulmana é: “Não há deus além de Alá e Maomé é o seu profeta”. Do ponto de vista muçulmano, essa verdade é inabalável. Por isso, fico muito espantado quando as mesmas pessoas que têm grandes dificuldades com as declarações absolutas da Bíblia, e consideram intolerantes, discriminatórias e fundamentalistas as afirmações de Jesus (como:“Ninguém vem ao Pai senão por mim” – Jo 14.6), defendem com veemência o direito dos islâmicos construirem mesquitas e minaretes nos países ocidentais. Essas pessoas até acham que é um enriquecimento cultural ouvir os muçulmanos gritando diariamente a sua própria declaração absoluta: “Alá é maior!”. Diante de duas declarações absolutas:
– do islã: elas não vêem nenhum problema.
– da Bíblia: elas a consideram discriminatória, sem opção para o diálogo.
Essa é uma perfeita demonstração da cegueira do mundo ocidental, dos políticos, de muitas igrejas e da sociedade!
Porém, nesta mensagem não pretendo falar do islã, mas usar a Epístola aos Hebreus para mostrar quem realmente é maior. A Carta aos Hebreus foi escrita primordialmente para judeus que haviam se tornado crentes em Jesus e que O reconheceram como o Messias. Mas entre esses judeus havia alguns que apenas acompanhavam os demais, que tinham sido tocados pelo testemunho a respeito de Jesus, mas não tinham tomado uma clara decisão pessoal.
E, então, essa epístola mostra enfaticamente: Jesus é maior! Maior do que tudo o que os judeus conheciam até aquele momento.

Jesus é maior

A Carta aos Hebreus faz algumas comparações para demonstrar com clareza que Jesus é maior que tudo.
Por exemplo, Jesus é maior que os anjos: “...tendo-se tornado tão superior aos anjos quanto herdou mais excelente nome do que eles. Pois a qual dos anjos disse jamais: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei? E outra vez: Eu lhe serei Pai, e ele me será Filho? E, novamente, ao introduzir o Primogênito no mundo, diz: E todos os anjos de Deus o adorem” (Hb 1.4-6).
Naquela época circulava um falso ensino que colocava Jesus no mesmo nível que os anjos, e que chegava até mesmo a considerar o arcanjo Miguel superior ao Messias esperado. E aqui a Palavra de Deus nos diz: “Ora, a qual dos anjos jamais disse: Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos por estrado dos teus pés?” (v.13).
Jesus também foi maior que Moisés: “Por isso, santos irmãos, que participais da vocação celestial, considerai atentamente o Apóstolo e Sumo Sacerdote da nossa confissão, Jesus, o qual é fiel àquele que o constituiu, como também o era Moisés em toda a casa de Deus. Jesus, todavia, tem sido considerado digno de tanto maior glória do que Moisés, quanto maior honra do que a casa tem aquele que a estabeleceu” (Hb 3.1-3).
Para os judeus não havia ninguém maior e mais sublime que Moisés. Então foi dito a eles: Jesus é maior que Moisés. Em outras palavras: ninguém é maior que Jesus! Essa afirmação beira a provocação. Se hoje você disser a um judeu ortodoxo que “Jesus é maior que Moisés”, trate de ter certeza de que está usando bons calçados para corrida.

Se hoje você disser a um judeu ortodoxo que “Jesus é maior que Moisés”, trate de ter certeza de que está usando bons calçados para corrida.
Mas o autor da Carta aos Hebreus – naturalmente inspirado por Deus – não se importava com a reação que essa declaração geraria. A ele importava proclamar a verdade. Um teólogo liberal, histórico-crítico, aberto ao diálogo e de pensamento livre, certamente não tentaria desagradar a ninguém. “Jesus é maior que Moisés – Ah!, não, não posso escrever isso, os judeus vão se sentir excluídos. Jesus é maior que Maomé – de jeito nenhum, isso só vai provocar os muçulmanos. Jesus é maior que os anjos – pode ser, mas seria melhor expressar menos absolutismo. Será suficiente escrever: Jesus é maior que os anjos, mas é perfeitamente possível pensar de forma diferente a respeito”.
É claro que nossa intenção não é provocar, mas impedir que a verdade seja silenciada. E isso inclui deixar claro para judeus, muçulmanos e todas as outras pessoas: Jesus é maior! Essa é a verdade, e ninguém nos impedirá de dizê-la, seja lá qual for a lei antidiscriminação que estiver em vigor.
Jesus é maior que Arão, o maior sumo sacerdote de Israel: “Tendo, pois, a Jesus, o Filho de Deus, como grande sumo sacerdote que penetrou os céus, conservemos firmes a nossa confissão” (Hb 4.14). Arão não era um qualquer, mas o sumo sacerdote por excelência; instituído no cargo pelo próprio Deus. Arão foi um homem de Deus e merece honra, assim como Moisés. Mas, mesmo assim, ele tinha suas fraquezas, como afirma Hebreus 7.28:“Porque a lei constitui sumos sacerdotes a homens sujeitos à fraqueza, mas a palavra do juramento, que foi posterior à lei, constitui o Filho, perfeito para sempre”.
Jesus é maior, pois Jesus é o único Sumo Sacerdote que penetrou os céus sem pecado, e isso por toda eternidade.

Desprezo da graça

Esta lista de “Jesus é maior que...”, que na verdade é incompleta, revela o que os hebreus abandonariam se voltassem para os rituais e tradições do judaísmo. É exatamente desse problema que a Carta aos Hebreus trata em alguns trechos. Os leitores judeus foram confrontados com o Evangelho proclamado pelos apóstolos e pelos judeus crentes em Jesus. Eles viam os sinais e milagres, a autoridade e o poder do Espírito Santo que atuava nos apóstolos. A graça, a obra redentora do Gólgota e toda a grandeza de Jesus Cristo eram retratadas diante de seus olhos. E, de alguma forma eles conseguiam entender tudo isso – com a mente – mas, infelizmente, não com o coração. De alguma maneira eles criam, mas não colocavam a fé em prática. Iam às reuniões, participavam delas. Mas alguns acabavam voltando atrás, e assim, como diz a Carta aos Hebreus, calcam aos pés o Filho de Deus. Desprezaram a graça que havia sido revelada em Jesus Cristo (Hb 10.29).
Esses judeus voltavam a considerar Moisés maior que Jesus. Colocavam Arão, o sumo sacerdote de seus pais, novamente acima de Jesus, o único verdadeiro e perfeito Sumo Sacerdote. Deixavam a verdade e abandonavam o perfeito em favor do imperfeito. Que tragédia! Tinham experimentado a verdade, ouviram da graça e da fé, tinham chegado tão perto e mesmo assim voltaram a refugiar-se na imperfeita obra humana.
Esse comportamento é igual ao de um homem condenado com justiça e que dá entrada a uma petição de indulto. Mas quando esse indulto está para ser concedido, ele volta a reportar-se à lei que o condenara. Ele recusa a graça de forma consciente.

“Marias-vão-com-as-outras”

Até hoje encontramos pessoas assim nas igrejas e reuniões; elas experimentaram a graça e sabem muito bem o que Jesus realizou na cruz do Gólgota. São cristãos que crêem e compreendem com o intelecto, que vão à igreja e estão presentes em todas as programações cristãs. Mas não colocaram em prática o seu conhecimento teórico, aquilo que compreenderam com a mente. Só crêem com o entendimento, mas não com o coração. São religiosos, até piedosos, mas não nascidos de novo. É a esses seguidores que a Palavra adverte para que prestem atenção no que a Escritura diz. São exortados a não somente ouvir, mas a internalizar a Palavra, guardando-a, considerando-a e principalmente praticando-a (cf. Hb 2.1).
Via de regra esses seguidores escolhem o caminho do menor esforço e não chamam a atenção. Mas assim que enfrentam alguma oposição, a real situação da sua fé é revelada. A mesma coisa acontecia com os hebreus naquela época. Foram levados a um ponto em que tiveram de tomar uma decisão muito clara: “Todavia, o meu justo viverá pela fé; e: Se retroceder, nele não se compraz a minha alma. Nós, porém, não somos dos que retrocedem para a perdição; somos, entretanto, da fé, para a conservação da alma” (Hb 10.38-39).
Como fica a nossa fé quando somos submetidos a doenças e sofrimentos? Recuamos, frustrados e desencorajados, ou bradamos em alta voz: “Jesus ainda é maior”? Como fica a nossa igreja, se não pudermos mais nos reunir livremente ou até mesmo sofrermos ameaças? O grupo baixará de 60 para 20 ou 10 participantes? Como eu fico se não puder mais pregar livre e desembaraçadamente a Palavra de Deus? Será que vou continuar anunciando: “Porquanto, para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro” (Fp 1.21)? Ou será que vou preferir fazer palestras sobre a Branca de Neve e os sete anões?
Jesus é maior, não só quando estamos bem, mas principalmente quando a água chega ao pescoço (cf. Hb 3.14).

Jesus realizou o sacrifício completo

Vejamos agora alguns fatos que os destinatários da Carta aos Hebreus também tiveram de encarar. O sacerdócio levítico, um componente importante da Antiga Aliança, não atingiu a perfeição em nada. Podemos pensar que essa seria uma nova provocação para os leitores judeus, mas trata-se da verdade, da Palavra de Deus: “Se, portanto, a perfeição houvera sido mediante o sacerdócio levítico (pois nele baseado o povo recebeu a lei), que necessidade haveria ainda de que se levantasse outro sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque, e que não fosse contado segundo a ordem de Arão?” (Hb 7.11).
O sacerdócio do Antigo Testamento oferecia ao povo de Israel a oportunidade de arrepender-se e obter perdão, mas, devido à constante repetição dos pecados, nunca chegava a um encerramento. Somente em Jesus Cristo o perdão é definitivo e perfeito, porque Ele, que era sem pecado, tomou sobre si todos os nossos pecados e nos redimiu. Jesus não somente entrou no Santo dos Santos, mas penetrou nos céus e agora está sentado à direita de Deus para ali interceder por nós.
Prezado leitor, Jesus Cristo é seu Intercessor pessoal diante do Pai celeste, não somente por um ano, mas por toda a eternidade (Hb 9.24-28).
A lei também não trouxe a perfeição, como diz Hebreus 7.19. Da mesma forma, os sacrifícios do Antigo Testamento, que pela lei tinham de ser trazidos repetidamente, também não podiam aperfeiçoar os israelitas (Hb 10.1; cf. também o capítulo 9), mesmo que a lei fosse boa e Israel tivesse a obrigação de cumpri-la. Afinal, a lei não era obra de homens, mas dada por Deus.
Mas Jesus é maior! Jesus é o Sacerdote perfeito, maior que o templo e maior que o sábado (Mt 12.6,8). Jesus é o sacrifício perfeito. Nenhum sacrifício humano, nenhum serviço sacerdotal e nenhuma lei podem contribuir para a salvação. Esse fato vale para todos os homens. Lavar-se no Ganges não trará salvação para nenhum hindu. Nenhuma meditação levará o budista ao céu. Nenhuma vela dará fruto permanente ao cristão e nenhuma peregrinação conduzirá o muçulmano ao céu. Por isso Moisés nunca será o maior, pois também ele era imperfeito: “Porque a lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo” (Jo 1.17). Jesus é maior!
Por isso, o brado do muezim, do alto dos minaretes: “Alá é maior!”, não corresponde à verdade. Afinal, o Corão nem mesmo promete certeza de salvação. O islã também não conhece um sacrifício perfeito; a própria pessoa precisa lutar e batalhar: “você deve”, “você deve” e “você deve” – e mesmo assim você não pode ter certeza da salvação.

O brado do muezim, do alto dos minaretes: “Alá é maior!”, não corresponde à verdade. Afinal, o Corão nem mesmo promete certeza de salvação.
Esse sacrifício vicário perfeito pelos pecados do ser humano, que é totalmente desconhecido em outras religiões, só é encontrado na Bíblia – cumprido e consumado em Jesus Cristo. Como algo imperfeito pode ser maior do que aquilo que é perfeito? Sem chance! Somente a obra de salvação do Gólgota, cumprida em e por Jesus Cristo, é perfeita. Ele mesmo proclamou na cruz: “Está consumado!” (Jo 19.30). E quando algo está consumado, consumado está, perfeito está. Isto é, nada mais precisa ser acrescentado. A salvação está consumada, já foi confirmada, mas apenas na cruz do Gólgota e em nenhum outro lugar. De nada adianta as pessoas dizerem que isso é intolerância. Pode até ser, mas ainda assim só posso dizer: “E daí? Afinal, é a verdade!”.
Se afirmo que o cogumelo mata-moscas é venenoso, algumas pessoas podem achar que essa afirmação é intolerante, mas ela não deixa de ser verdade. E é disso que se trata! Não devemos dizer às pessoas aquilo que elas querem ouvir, mas a verdade. Se alguém, em sua falsa tolerância, quiser comer um prato de cogumelos venenosos, que fique à vontade; mas também terá de viver (ou, neste caso, não viver) com as conseqüências.

Perfeito em Jesus

Jesus é maior. Jesus é singular. E Jesus é o único caminho para reconciliar-se com Deus, o Pai. Jesus Cristo é a Palavra de Deus encarnada. Jesus Cristo é o caminho, a verdade e a vida.
Jesus é perfeito até a eternidade (Hb 13.8). Ele entrou no maior e mais perfeito tabernáculo, como diz a bela descrição em Hebreus 9.11-12. Por meio de Seu próprio sacrifício, quando o próprio Jesus se entregou, Ele tornou os crentes perfeitos para sempre: “Porque, com uma única oferta, aperfeiçoou para sempre quantos estão sendo santificados” (Hb 10.14).

É preciso imaginar a cena. A Bíblia, a Palavra de Deus, chama-nos de perfeitos e justos! Mas quando olhamos no espelho, vemos o contrário. E mesmo assim somos justos e perfeitos aos olhos de Deus. Isso não é normal, como pode acontecer? Por meio do precioso sangue de Jesus Cristo, que Ele derramou por você e por mim, somos realmente perfeitos e justos aos olhos de Deus. Deus não nos vê mais como somos, mas através de Seu Filho Jesus Cristo.
No momento em que uma pessoa chega à fé em Jesus Cristo e coloca toda a sua vida nas mãos de dEle, Deus não olha mais para sua verdadeira natureza, mas em e por meio de Seu Filho Jesus Cristo: “E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas” (2 Co 5.17). E em e por meio de Jesus somos agora justificados e aperfeiçoados. Isso não é extraordinário?
Pergunto: qual religião pode oferecer algo apenas remotamente parecido? Nenhuma! Isso só pode ser encontrado na Palavra de Deus.

Agarre o melhor!


Não devemos dizer às pessoas aquilo que elas querem ouvir, mas a verdade. Se alguém, em sua falsa tolerância, quiser comer um prato de cogumelos venenosos, que fique à vontade; mas também terá de viver (ou, neste caso, não viver) com as conseqüências.
Jesus Cristo: o mundo nunca viu alguém maior e mais perfeito! Maior do que tudo que o judaísmo já conheceu. Maior do que Moisés, Arão, Davi, Salomão (Mt 12.42) ou Jonas (Mt 12.41). A Carta aos Hebreus diz aos judeus: “Não confiem em Moisés, não confiem em Arão nem nos outros sacerdotes; não confiem em Davi nem nos outros reis!” Hoje diríamos: “Não confiem em seus rabinos, não confiem em seus estadistas e também não confiem no seu poderio militar! Não confiem nos sacrifícios, no sacerdócio nem na lei, mas agarrem o melhor, o maior, isto é, a graça em Cristo Jesus”.
Brademos a todas as pessoas: “Não confie em você mesmo, não confie na sua habilidade nem na sua força, não confie em pessoas, nem em Maria ou algum protetor ou santo, nem no seu pastor ou bispo, nem na sua instituição ou organização. Não confie na política, na economia ou na ciência. Não confie em seu guru nem em sua religião. Não! Olhe antes para a cruz, pois: Jesus é maior!”
...de glória e de honra o coroaste e o constituíste sobre as obras das tuas mãos. Todas as coisas sujeitaste debaixo dos seus pés. Ora, desde que lhe sujeitou todas as coisas, nada deixou fora do seu domínio...” (Hb 2.7-8).
• Em Jesus temos uma esperança melhor (Hb 7.19).
• Por meio de Jesus possuímos uma aliança melhor e, com ela, melhores promessas (Hb 7.22; Hb 8.6).
• Temos um sacrifício melhor; na verdade, um sacrifício perfeito, não de animais, mas do Cordeiro vicário Jesus Cristo, que se deu voluntariamente e de uma vez por todas em nosso lugar (Hb 9.23-28).
• Temos um patrimônio superior (Hb 10.34).
• E, por fim: temos uma ressurreição melhor; nada de voltar para um corpo mortal, como ensina o hinduísmo, mas uma ressurreição com um corpo glorificado espiritual e imortal (Fp 3.20-21; 1 Jo 3.2-3).
Vamos resumir: Jesus é maior! É justamente esse fato que a Bíblia, a infalível e viva Palavra de Deus, pretende nos apresentar. É justamente o que o autor da Carta aos Hebreus – inspirado por Deus – apresentou aos judeus, a fim de encorajá-los e exortá-los a permanecerem firmes nessa Palavra.
É tolo quem desiste e abandona o Melhor, Maior e Perfeito. Consideremos o que diz Provérbios 3.5-7: “Confia no Senhor de todo o teu coração e não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas. Não sejas sábio aos teus próprios olhos; teme ao Senhor e aparta-te do mal!”.
O que permanece é a constatação: Jesus é maior! 

(Thomas Lieth -http://www.chamada.com.br)

terça-feira, 22 de maio de 2012

PECADO


D. M. Lloyd Jones


         Ninguém jamais terá uma concepção verdadeira do ensino bíblico sobre a redenção, se não possuir clareza de entendimento sobre a doutrina bíblica do pecado. E essa é a razão por que muitas pessoas, em nossos dias, são inseguras e vagas em suas idéias a respeito da redenção. A idéia mais comum é a de que o Senhor Jesus é um tipo de amigo ao qual todos podem recorrer em dificuldades, como se isso fosse tudo a respeito dEle.

         O Senhor Jesus é esse tipo de amigo — e temos de agradecer a Deus! Mas isso não é redenção em todo o seu escopo, em sua inteireza ou em sua essência. Você não pode começar a avaliar a redenção, até que compreenda o que a Bíblia nos ensina a respeito da condição do homem no pecado e de todos os efeitos do pecado no homem. Permita-me dizê-lo com outras palavras: você não pode entender a doutrina da encarnação de Cristo, a menos que entenda a doutrina do pecado. A Bíblia nos ensina que o homem estava em uma condição tão deplorável, que exigia a vinda, dos céus à terra, da Segunda Pessoa da bendita e santíssima Trindade. Ele teve de humilhar-se e assumir a natureza humana, nascendo como um bebê. Isso era absolutamente essencial, para que o homem fosse redimido. Por quê? Por causa do pecado e da sua natureza. Por conseguinte, você não pode entender a encarnação de Jesus, a menos que tenha um entendimento claro sobre o pecado. De maneira semelhante, considere a cruz no monte Calvário. O que ela significa? O que a cruz nos diz? O que aconteceu lá? Digo novamente que você não pode entender a morte de nosso Senhor e o que Ele fez na cruz, se não possui um entendimento claro sobre a doutrina do pecado.

        A completa imprecisão das idéias de muitas pessoas a respeito da morte de nosso Salvador se deve completamente a este fato: e elas não gostam da doutrina da substituição, não gostam da doutrina do sofrimento penal. Isso acontece porque nunca compreenderam o problema e não vêem o homem como um criatura caída no pecado. Estas são as doutrinas fundamentais da fé cristã; não se pode entender a redenção, exceto à luz da terrível condição do homem no pecado.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

A VERDADE POR TRAZ DO VÍDEO DA PROFETIZA DESMASCARADA



A pastora Dayna Muldoon define-se como “evangelista e cantora”, mas costumeiramente conduz cultos caracterizados por profecias e milagres. A breve biografia que postou em uma rede social traz o seguinte relato “Uma noite, aos quinze anos de idade, ela estava orando em seu quarto e derramou seu coração, pedindo que Deus desse direção à sua vida. Foi nesse momento que ela teve uma visitação do Senhor que lhe deu um chamado”.

Esta semana, foi postado um vídeo no Youtube (veja abaixo) que tem chamado a atenção de centenas de pessoas. Em um dos cultos que ela conduzia numa “tenda de avivamento” em frente à igreja Calvary Chapel em Saint Pestersburg, Florida. O pastor Scott Rodriguez, que estava presente no local, pediu para falar e, julgando ser um testemunho, a pastora Dayna permitiu.

Surpreendentemente, ele pediu que as pessoas orassem pela pastora, pois a mensagem que ela estava trazendo não era o evangelho. “A mensagem de Deus não é milagres, mas compartilhar o sangue de Jesus Cristo que limpa pecadores humilhados. E quando milagres são enfatizados, Jesus é negado!”, disse Scott. Imediatamente alguns dos presentes começaram a protestar e ele foi cercado por algumas mulheres que sentiram-se ofendidas. A pastora Dayana, visivelmente constrangida, pediu que o pastor Scott saísse da tenda para evitar uma confusão.

Mais tarde, ele postou em seu blog a sua versão dos fatos:

“A senhora Muldoon montou uma tenda para sua cruzada de sete dias do outro lado da rua, exatamente em frente à nossa igreja. Ela ficará lá até o próximo domingo (20/5)… Algumas pessoas que estavam presentes nos primeiros cultos que ela ministrou pediram minha opinião sobre o teor de suas mensagens… No sábado passado, decidi falar com ela e seu empresário (Dennis) depois do culto… Eles sentiram que as pessoas de nossa igreja que estavam presentes os estavam criticando…

Eu perguntei o que eles estavam pregando para ter uma ideia melhor sobre o seu ministério, e expliquei que a nossa igreja prega apenas o Evangelho e os membros iriam estranhar se ouvissem algo diferente… Ela alegou estar pregando a mesma mensagem que eu descrevi: Cristo veio em carne para morrer numa cruz pelos pecados do homem, foi sepultado e ressuscitou 3 dias depois, e Deus Pai deseja que as pessoas abandonem o pecado e coloquem  sua fé na obra consumada do Seu Filho na cruz, para serem salvos e que não há outro caminho para a salvação. Ela concordou que esta era a sua mensagem básica, mas que também acreditava em milagres… Voltei na noite seguinte… Durante cerca de uma hora ouvi o que classifico como pregação carismática normal, nada de muito chocante.

No entanto, após a sua mensagem ela começou com atitudes fraudulentas, de “ministrar no Espírito Santo”. Ela começou a impor as mãos sobre as pessoas que respondiam girando, gritando, temendo o corpo, agitando os braços, batendo nas cadeiras, atirando-se (não caindo) no chão. Ela profetizou para 3 mulheres, dizendo que elas estavam sentadas onde o Pai, Filho e Espírito Santo também estavam e que iriam se casar em junho. Embora agisse como se não soubesse nada sobre suas vidas pessoais, eu reconheci uma, que era a advogada do ministério… e as outras duas também eram conhecidas da pastora.

Ela disse que os anjos estavam lá e que poderia haver vozes de anjos cantando a sua música, porque eles a seguiram por toda parte… Finalmente, achei que tinha acabado, mas ela veio até onde eu estava, sentado na primeira fila, e começou a entregar uma “profecia”…. Eu me levantei (mas provavelmente deveria ter apenas saído)… Ela começou a dizer que eu estava lá porque Deus tinha… algo para me entregar através dela.

Então ela continuou falando muitas coisas… Mas eu sabia que era mentira…  Naquele momento senti que precisava deixar claro que não concordava com a  mensagem nem com o ministério dela, e foi isso que tentei fazer.

Infelizmente eu acho que parece no vídeo que sou um cara que entrou na fila para receber oração e, em seguida, aproveitou a oportunidade para dizer tudo aquilo… Não é verdade… Peço perdão ao Senhor e aos meus irmãos se pareceu que eu estava querendo me exibir ou que tentei substituir o Espírito Santo…  Saibam que eu não sou o homem corajoso que alguns pensam que eu sou. Sou um homem falho, que teme a opinião dos outros como todo mundo, mas todos nós precisamos desesperadamente da Cruz. Principalmente eu”.

[Fonte original em Inglês:  Carm Blog ]

Veja o video novamente: 
 .

[ para visualizar outro video mais amplo sobre o fato,
que inclusive comprova a versão do Pr. Scott, clique aqui ]


Fonte:[ Gospel Prime ]
Via: [ Web Evangelista ]
links complementares em [ ] e imagens: inseridos pelo Blog Bereianos.
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sexta-feira, 18 de maio de 2012

Bem aventurado os que choram

John Diego

       “Bem aventurado os que choram, porque eles serão consolados”

        O ser humano tem a capacidade de se adaptar as realidades impostas, e uma realidade que é imposta é a hipocrisia, somos motivados a mostrar que podemos, que somos bonitos, que somos exemplares, que somos os melhores, enfim que somos superiores em algum determinado aspecto.

       Se somos falhos e de alguma maneira publica, queremos nos justificar através das obras, ou tentamos nos justificar dizendo “somos humanos mesmo, Deus vai me perdoar, está vendo como o Amor de Deus é Bom e misericordioso”, mas de forma constante vejo pessoas vivendo no pecado e com “orgulho” de se gabar do amor de Deus que sim é misericordioso, que sim é bondoso, mas é Justo, porém  não é sobre esse aspecto que quero falar.

     Essa necessidade de ser reconhecido pelas pessoas, receber honra e de nos mostrar fortes, colunas nos impede de ter relacionamentos profundos, nos impede de abrir nossos coração confessar nossos pecados uns aos outros, quem irá me entender? Quem irá me aceitar? Essas são as perguntas que muito de nós fazemos, porque esperamos que nossos membros sejam perfeitos, porque pregamos muita das vezes uma teologia que não aceita erros, uma teologia que os Crentes são perfeitos, pregamos receitas da vitória e  damos os fardos pesados que o próprio Jesus tirou de nossos ombros e impedem que vivamos o evangelho. Pregamos que aqueles que choram, são fracassados, que derrota é essa alias, não gostamos de cultos que não sejam pra cima, alias tenho medo de que nossos cultos motivadores nunca nos deixará conhecer um verdadeiro avivamento que vem de um profundo arrependimento.

      E essas teorias colocam em nossos ombros a culpa pela imperfeição, e nos impedindo de chorar nos ombros de quem anda do nosso lado para impedir que a visão perfeita que eles tem de nós não seja quebradas, estamos vivendo tempos que nossas igrejas estão cheias de pessoas infelizes porque elas não encontram lugares para afogarem as mágoas, porque elas não encontram espaço para derramarem as lágrimas, porque elas não encontram ombros amigos, e abraços calorosos, com medo de expressarem que o que afligem suas almas, pois são as suas próprias falhas, são suas limitações, são suas incapacidades de vencer, são sua dependência da graça, é a vergonha que nos prende nas cavernas da tristeza e nos faz viver uma vida solitária vivendo no meio da numerosa multidão.
Eu acho que esse mal não é do nosso século, eu acredito que isso é uma parte do sistema instalado através dos corações orgulhosos dos humanos,mas existe aqueles que encontrarão a felicidade, porque através da simplicidade eles simplesmente choram, sem medo de que descubram o que não é segredo para ninguém, eles mostram seus cômodos escuros,  lamentam e choram pelas falhas, pelos erros e pelas perdas, eles são sinceros com eles mesmos e com o próximo.

     Eu tenho certeza que muitos crentes fast food não estão prontos para lidar com o desapontamento, não estão prontos para lidar com os erros um dos outros, não estão prontos para lidarem com o choro de uma pessoa sincera.

        Sabemos muito bem que o mar de rosas que fantasiamos não cheira bem, sabemos que o sonho real é uma farsa e que a felicidade vendida pelos marqueteiros ambulantes é mentirosa, muito se deve aos nossos púlpitos com palavras doces que não confrontam na palavra, eu vi muito pregador confrontando na porrada, com a ética em suas mão, causando assim uma falsa conversão, motivando a hipocrisia e criando avatares de crentes no meio da igreja que vivem a fantasia Cristã, é só navegar um pouco no facebook ou acompanhar um pouco do Twiiter, todos curtindo e compartilhando frases vencedoras, mas carregando a cisma de um mundo não muito glorioso...

         Não sei se essa é uma palavra para todos... mas....

        Enquanto as pessoas não forem confrontados com palavra, não saberemos como chorar e não saberemos ouvir o choro de alguém que deseja chorar e sendo assim teremos uma multidão de pessoas infelizes que procuram a felicidade e abrem o sorriso de seus rostos com o seus corações infelizes.

       Pensando nisso, a sinceridade e aceitação caminham junto com quem chora e com quem secas as lágrimas, eu vejo que sinceridade sobre si mesmo é descarregar o peso, é aceitar a si mesmo e clamar por Graça, e é para aqueles que com humildade sabem que sem Cristo não podemos viver, aceitar o próximo também é aceitar a si mesmo, é saber que não somos maiores e nem menores, saber que estamos sujeitos, saber que quem chora é o nosso próximo...

        Quando choramos e somos aceitos, somos perdoados, nasce esperança, o sol brota e manda a escuridão embora!

          Para mim consolo é o raiar do sol nas janelas de nossos quartos escuros!

        Que esse Sol que chama Evangelho que é o próprio Cristo possa raiar em nossas casas e iluminar as nossas vidas trazendo alegria e paz.


         Bem aventurado são aqueles que choram!

         Abraço

Lições Sobre Alegria


Tiago Santos

Agrada-te do Senhor, e Ele satisfará os desejos do teu coração. Salmo 37.4  

O salmo 37 é um poema sapiencial (de sabedoria; com orientações práticas sobre como Deus quer que vivamos nossa vida) em forma de acróstico. Neste tipo de composição, as linhas ou estrofes iniciam, cada uma, com letras em ordem alfabética. Essa técnica, a exemplo do paralelismo, auxilia na memorização do ensino.

Todo o Salmo 37 mostra a perplexidade de Davi com toda forma de impiedade; trata da adversidade dos justos face a prosperidade dos ímpios. Ensina-nos a como viver no meio dos que odeiam o povo de Deus, e como devemos confiar nossos caminhos a ele.

O verso que abre este texto, e fonte de nossa consideração, fala sobre agradar-se no Senhor, ou seja, ter agrado em; ter prazer em; ter contentamento ou satisfação em;

Este verso fala sobre o resultado de nos agradarmos no Senhor. Fala-nos sobre a verdadeira e pura alegria! A alegria (lat. alacre) é um sentimento nobre. Diz-se da alegria ser um sentimento ou senso de contentamento; de júbilo e exultação; de felicidade íntima ou interior.

Ademais, este versículo é também uma promessa: Agradarmo-nos do Senhor há de satisfazer os desejos de nosso coração. 

A questão é: O que é agradar-se do Senhor ? ou como nos agradarmos do Senhor ? 

Este é um privilegio somente daqueles que o conhecem. Não podemos nos agradar - ou nos alegrar - com o que ou quem não conhecemos. Conhecer ao Senhor faz-nos desejar parecer mais com ele. Passamos a querer ter comunhão com o Senhor, e nos alegramos em sua presença. 

Agradar-se do Senhor, pressupõe, portanto, um conhecimento íntimo dele e de sua obra. Este fato por si só há de gerar deleite em nossas almas. 

Ao abrirmos a Escritura, ou ouvirmos a sua mensagem, e, iluminados pelo Espírito Santo, passarmos a conhecer a gloriosa verdade acerca de Deus, de Seu ser, seus atributos, sua vontade, suas obras, haveremos de ter deleite sem igual ! A Fé, meus irmãos, produz alegria em nossos corações. 

Supor, portanto, que seguirmos o caminho do Senhor significa em "dolorosas austeridades, melancolias e tristezas" oriundas do fato de termos de nos "negar a nós mesmos" e "carregar a nossa cruz diariamente" é uma tolice; uma distorção do caráter da verdadeira e pura religião. 

Afinal, temos de entender que "negar a nós mesmos" é um privilegio da graça, pois ao fazermos assim, negamos nossa natureza corrupta e pecaminosa; quando "carregamos nossa cruz", que é instrumento de morte, na verdade, estamos declarando que morremos para nós mesmos e para o mundo e vivemos em Cristo, "crucificando-nos a nós mesmos para o mundo e o mundo para nós".

As Escrituras estão repletas de ensinamentos que revelam-nos que a natureza da verdadeira alegria e felicidade plena, não está na ausência de sofrimentos ou dores, mas sim em estar na presença do Senhor e de meditar em sua Palavra.

Aliás, a prova de nossa alegria no Senhor vem de nossas lutas e provações (Tg. 1.2), pois desenvolve nossa fé; a resignação de nossos pais na fé (Elias, Davi, Jó, Paulo, etc) são incontestes evidências de que acolhiam com alegria e contentamento a providência de Deus em suas vidas; não que eles não tenham sentido a agudez dos sofrimentos e tristezas na carne; eles não se alegravam nas aflições em si mesmas, mas na capacidade de suportá-las que o Senhor lhes outorgava. Confiar na providência e apegar-se à sua Palavra arrefecia sua miséria e intensificava seu deleite nele.

Vejamos as seguintes passagens:
Salmo 40.8: "Agrada-me fazer a tua vontade, ó Deus meu; dentro em meu coração está a tua lei";
Salmo 119.47: "Terei prazer nos teus mandamentos, os quais eu amo".
Romanos 7.22: "Porque, no tocante ao homem interior, tenho prazer na lei de Deus";
I Pedro 1.8: "... a quem, não havendo visto, amais. No qual, não vendo agora, mas crendo, exultais com alegria indizível e cheia de glória";

Tributar amor a Deus pelo que ele é, em si mesmo, já seria suficiente para nosso deleite eterno; ele, no entanto, concede-nos amá-lo e alegrarmo-nos nele pelo que ele é e pelo que ele está fazendo! As manifestações de suas glórias, tanto no céus como na terra, trazem perene deleite à sua Igreja, tanto aquela que triunfa como a que ainda milita.

Se, portanto, amaramos a Deus de todo o nosso coração, de toda nossa alma, com toda nossa força e entendimento, e, amarmos assim a sua santa, pura e perfeita Palavra, haveremos de experimentar tamanha alegria, que nem se pode mensurar, independente das circunstâncias.

É isto que o salmista está dizendo! Se nos agradamos de Deus (e tudo que esta sentença infere), haveremos de ter plena alegria nele. Nosso caminho será dele e o mais ele fará. Não precisamos nos preocupar com a injustiça à nossa volta, nem aquelas que contra nós é dirigida. Nossa atenção está voltada para ele, para ele somente.

Conhecer ao Senhor e amá-lo; amar a suas obras - que são a manifestação de sua sabedoria, bondade, poder ; amar a sua Palavra,isto é agradar-se do Senhor.

E, quanto mais nos "agradamos" do Senhor, tanto mais ele será o maior desejo do nosso coração!

O cumprir a Lei de Deus - satisfazer a sua vontade - será o desejo maior de nosso coração! A promessa consiste justamente em Deus nos fortalecer e colocar de lado nossos desejos ensimesmados, e nosso desejo passa ser o de obedecê-lo; de viver vidas santas e agradáveis a ele; nos conformarmos à sua estatura e imagem. Assim, o próprio Deus se compromete a realizar tais desejos, pois são para sua glória.

O Senhor Jesus Cristo, quando encarnou-se e viveu como homem, nutria em seu coração o desejo de glorificar ao Pai, e o Pai satisfez o desejo de seu coração (Jo 12.50; 17.4,5,24).

Qual é o desejo de nosso coração?

Cristo - Deus verdadeiro e homem verdadeiro - deu-nos sua vida na cruz do Calvário para que pudéssemos ter vida nele. À parte de Cristo, Deus nos seria por adversário e as Escrituras ecoariam condenação, mas nele, somos feitos filhos de Deus. Sua obra redentora concede-nos acesso ao Pai e é somente em Cristo que poderemos nos agradar do Senhor, e somente em Cristo que os desejos de nosso coração serão satisfeitos.

Nossa alegria consiste em estar em e conhecer a Cristo e ter comunhão com ele. Será este o seu caso? Você está alegre no Senhor ? Você se agrada no Senhor? Qual o desejo do seu coração ? Será um desejo que você pode entregar nas mãos do Senhor para que sejam satisfeitos?

Ó, que a bondade de Deus, em conceder-nos Cristo para que nele busquemos sua face, o conheçamos e dele nos agrademos, conceda-nos a graça de que o desejo de nosso coração seja a sua glória.

Esta é uma promessa que se cumprirá cabalmente naqueles que forem achados fieis no Senhor e dele se agradarem.

Amém.

Corrupção nas igrejas - uma análise crítica


Entrevista com Dr. Paulo Romeiro sobre o sistema de arrecadação de algumas igrejas e o uso das ofertas dos fiéis.




PUBLICADO EM: http://tempora-mores.blogspot.com.br/2012/05/corrupcao-nas-igrejas-uma-analise.html

O pastor caio Fabio comenta a reportagem do domingo espetacular sobre o ...

quarta-feira, 16 de maio de 2012

A LEI E O EVANGELHO



Fred Malone

Se eu pudesse melhorar a eficácia das pregações pastorais e o cuidado pastoral na igreja, convocaria todos os pastores para assimilar a doutrina da Lei e o Evangelho nas Escrituras. Quando pela primeira vez fui servir como sócio de Ernie Reisinger em 1977, ele exigiu que eu estudasse Romanos 6.14 sobre a Lei e o Evangelho e colocou em minhas mãos um livro: The True Bounds of Christian Freedom (Os Verdadeiros Laços da Liberdade Cristã) de Samuel Bolton. O livro de Ernie sobre a Lei e o Evangelho contém muito daquilo sobre o que conversamos naqueles dias.
Há muita controvérsia e ignorância sobre esta doutrina nos dias de hoje. Os erros nesta doutrina desovaram o dispensacionalismo, a teonomia, a nova perspectiva de Paulo, o hiperconvencionalismo, o legalismo, o antinomianismo, o evangelismo sem profundidade, a santificação superficial, os erros de adoração e o misticismo antibíblico. Mas os nossos antepassados reformados e batistas de um modo geral não sucumbiram a tais erros antes de 1900. Por que não? Creio que foi porque compreendiam a doutrina bíblica da Lei e do Evangelho. Pode-se vê-lo na suas declarações de fé e suas obras. [1] Espero que os pastores de hoje, especialmente os pastores batistas, tornem a estudar esta doutrina e reformulem suas vidas e ministérios através dessas verdades.
Charles Bridges, autor de The Christian Ministry (O Ministério Cristão), disse:
O sinal de um ministro "aprovado, como obreiro que não tem do que se envergonhar" é o "que maneja bem a palavra da verdade."... Esta revelação é dividida em duas partes — a Lei e o Evangelho — essencialmente diferentes; mas tão intimamente ligadas, que o conhecimento exato de uma não pode ser obtido sem a outra. [2]
Se o entendimento da doutrina da Lei e do Evangelho é tão importante, então cada seminário deveria ensiná-la corretamente e cada pastor deveria dominá-la. Neste pequeno artigo, vamos examinar a doutrina esquadrinhando Romanos 6.14, exegeticamente e pastoralmente.

Exegeticamente
"Porque o pecado não terá domínio sobre vós; pois não estais debaixo da lei, e sim da graça" (Romanos 6.14).
O contexto deste versículo é a discussão de Paulo sobre santificação. Paulo ensinou que todos pecaram e perderam a glória de Deus (Romanos 1-3). Também ensinou que os pecadores arrependidos foram de uma vez por todas justificados somente pela fé em Cristo (Romanos 4-5). Essa justificação uma-vez-por-todas talvez atraia alguns a procurar vantagens na graça de Deus e continuar a pecar para que a graça abunde (6.1). Mas Paulo rejeitou tal pensamento sobre santificação como impossível para o homem justificado (Romanos 6-8). Por quê? Porque "o pecado não terá domínio (autoridade, governo, tirania) sobre vós; pois não estais debaixo da lei, e sim da graça" (6.14).
Esta não é uma declaração imperativa, uma ordem para obedecer. É uma declaração de fato, indicativa. Poderíamos chamá-la de promessa de Paulo aos cristãos romanos. Esta declaração explica por que é impossível para o homem justificado viver sob o domínio do pecado como acontece com o que não é convertido. Ele está debaixo da graça. Estar debaixo da graça é ficar livre da escravidão do pecado, que é o estado natural de todos os homens debaixo da lei. Deus não vai permitir a tirania do pecado na Nova Aliança de Jesus Cristo (Jeremias 32.40). "Vamos pecar para que a graça abunde" não deve ser o princípio que opera nos que foram justificadas de-uma-vez-por-todas pela fé somente (Romanos 5.1-2). Alguma coisa que existe debaixo da graça não permite. Tudo mais é fé falsa, ainda debaixo da lei.

Debaixo da Lei
Se Paulo estivesse falando apenas a cristãos judeus, debaixo da lei poderia ser uma referência principalmente à Aliança do Sinai, como em Hebreus. Contudo, os cristãos romanos eram principalmente gentios. Estar debaixo da lei nesta passagem não pode significar que estivessem antes debaixo da lei ou da aliança mosaica. Mas Paulo diz que esses gentios estavam antes debaixo da lei e, portanto, condenados sob o domínio do pecado.
Paulo explica que todos os homens estão "debaixo da lei" no que se refere a Deus em Adão como a cabeça da raça humana e, portanto, condenados pela transgressão de Adão (Romanos 5.12-19):
"Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram... Pois assim... por uma só ofensa, veio o juízo sobre todos os homens para condenação... (Romanos 5.12,18).
Adão foi colocado debaixo da lei como princípio operante em seu relacionamento com Deus. Se ele obedecesse as Leis Divinas perfeitamente, seria abençoado; se as desobedecesse, seria amaldiçoado. Esta aliança-da-lei com Adão geralmente é chamada de Aliança das Obras (da Vida, do Éden, etc.; Oséias 6.7). Deus também o declarou como cabeça e representante da aliança de toda a raça humana. [3] Portanto, todos os homens estão condenados no pecado de Adão contra a exigência divina da perfeita obediência à lei. No pecado de Adão contra as Leis Divinas, enquanto estava debaixo da lei de Deus, ele e todos os seus descendentes estavam debaixo da lei com ele e ficaram sob a condenação de Deus por deixar de guardar "a Lei" perfeitamente. Todos os homens nasceram debaixo do pecado porque nasceram condenados debaixo da lei na Aliança das Obras, tanto judeus como gentios (Romanos 3.19-20).
As Leis que todos os homens são culpados de transgredir debaixo da lei são mais do que a lei particular de não comer o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal. São as Leis Divinas morais, os dois grandes mandamentos, resumidos nos Dez Mandamentos, o reflexo da imagem de Deus no homem. Até os gentios, que não tiveram a revelação mosaica, fizeram "por natureza" as coisas "da Lei", com sua consciência dando testemunho, porque eles tinham a "Norma da Lei gravada no seu coração" como Adão tinha, embora agora estivessem corrompidos (Romanos 2.14-16).
O que a Lei era originalmente no coração de Adão debaixo da lei e continua escrita no coração de todos os homens? Em Romanos 2.14-16, esta Lei é definida no contexto como "a lei da natureza", o resumo dos Dez Mandamentos, que os judeus receberam depois e transgrediram (1.21,22;7.7; roubo, adultério, idolatria, cobiça). Assim, todos os homens estão condenados debaixo da lei por não obedecer perfeitamente à Lei de Deus.
Na verdade, "a força do pecado é a lei" (1 Coríntios 15.56). A Lei por si mesma pode apenas revelar a natureza santa de Deus, a imagem moral original de Deus no homem, e definir o pecado e a justiça. Ela em resumo desperta o pecado por nossa incapacidade de cumpri-la perfeitamente e não pode nos justificar (Romanos 7.8-10). Quanto mais tentamos cumpri-la para nos justificar diante de Deus, mais falhamos pecando. Todos os homens estão sob o domínio do pecado porque estão debaixo da lei diante de Deus. Portanto, o pecado é o nosso senhor enquanto estamos debaixo da lei.

Debaixo da Graça
Contudo, nosso texto também ensina que todos os cristãos verdadeiros, justificados uma-vez-por-todas, foram transferidos da condição debaixo da lei em Adão para debaixo da graça na autoridade e salvação de Cristo. Isto geralmente é chamado de Aliança da Graça. Embora a aliança de Adão fosse uma aliança com base na lei, a aliança de Cristo é uma aliança baseada na graça. Foi anunciada em Gênesis 3.15, profetizada através das "alianças da promessa" do Antigo Testamento e cumprida na Nova Aliança da graça de Jesus Cristo.
Estar em Cristo é estar debaixo da graça tão somente pela fé e não mais debaixo da lei para salvação por meio da obediência perfeita na aliança fracassada de Adão. Cada um permanece ou em Adão debaixo da lei ou em Cristo debaixo da graça, mas não em ambas as condições ao mesmo tempo. Por isso devemos pregar o Evangelho da graça a todos os homens.
Estar debaixo da graça significa que o pecado não pode ter domínio sobre nós porque a graça em Cristo nos liberta da condenação da perfeita obediência-à-Lei em Adão. Isso acontece através da vida de nosso Senhor de perfeita obediência-à-Lei e  da sua morte expiatória pelos transgressores da lei. Você não pode realmente entender a cruz sem entender a Lei. Debaixo da graça significa que Deus nos garante a justificação pela fé somente em Jesus Cristo através de Sua perfeita expiação pelo pecado e a imputação de Sua justiça perfeita como um dom. Também significa que o novo nascimento grava a Lei de Deus em nossos corações de modo que de novo temos nela prazer (Jeremias 31.31-34, 32.40; Romanos 7,22). Esta "graça na qual estamos firmes" por toda a caminhada cristã impele e fortalece o pecador perdoado a amar a Deus e guardar os Seus mandamentos sem medo da condenação. Debaixo da graça, o crente não sente mais que a obediência à Lei de Deus é um fardo que condena, mas um privilégio alegre dos salvos debaixo da graça (Romanos 3.24, 5.2, 5.15, 5.21, 6.14-15).
O cristão vive debaixo da graça de acordo com a Lei de Deus de modo que o pecado já não tem mais domínio sobre ele. Embora o cristão ainda cometa pecados contra os mandamentos de Deus mesmo debaixo da graça, o poder do pecado, que é a condenação da lei, foi quebrado. A santificação, então, é o exercício diário da fé salvadora em Cristo, redimido por Seu sangue e coberto com Sua justiça, pela fé justificadora na qual procuramos guardar a Lei de Deus debaixo da graça. Por isso Jesus disse: "Se me amais, guardareis os Meus mandamentos." A fé operante através do amor a Deus é a evidência de estar debaixo da graça. E essa fé sempre funciona.

Pastoralmente
Evangelismo
Tendo perdido a importância da Lei de Deus para revelar o pecado ao pecador, o evangelismo hoje tornou-se cada vez mais superficial. Mas "pela lei vem o pleno conhecimento do pecado" (Romanos 3.19-20). O pecado em muitas apresentações não aparece em termos de transgressão aos Dez Mandamentos e condenação diante de Deus. Portanto, o arrependimento também é deixado de fora. Como resultado, muitos que supostamente reagem ao convite do evangelho nunca se arrependeram da transgressão da lei e não se comprometeram a viver uma vida santa, obediente. Os registros em nossas igrejas batistas estão cheios deles. O verdadeiro evangelismo deve pregar o Evangelho da libertação do domínio do pecado debaixo da lei. Mas se a Lei não é usada para definir o pecado, como os pecadores saberão até que ponto são pecadores e a que tipo de vida santa estão se comprometendo?
Compreender que o Evangelho leva os pecadores a passarem da ilegalidade para a redenção e para a guarda da lei revitalizaria as apresentações evangelísticas e a pregação com uma explícita convocação para abandonar o pecado e seguir a Cristo como Senhor. Os erros do "cristão carnal" e o misticismo exaltado sem a orientação da Lei de Deus seriam resolvidos com o recebimento da salvação. Então a convocação para ser discípulo de Cristo seria mais do que uma política de seguro para o céu. Veríamos pecadores negando-se a si mesmos, assumindo a sua cruz diariamente e seguindo Jesus, que é uma descrição do discipulado (Mateus 16.24). Não é o que desejamos ver no evangelismo? Então temos de pregar a Lei e o Evangelho.

Santificação
Os mestres da vida cristã geralmente negligenciam a Lei de Deus por completo. A ênfase sobre "submissão completa... rededicação da vida a Cristo... segui-lo por onde Ele mandar... amar a Deus de todo o seu coração..." etc., não tem significado sem a Lei: "Se me amais, guardareis os meus mandamentos... Porque este é o amor de Deus: que guardemos os seus mandamentos; ora, os seus mandamentos não são penosos" (João 14.15; 1 João 5.3). Uma igreja não segue a Grande Comissão até que tenha feito discípulos, batizado e ensinado "a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado" (Mateus 28.18-20). A igreja que não está ensinando obediência fiel à Lei de Deus está desobedecendo a Grande Comissão. A igreja também não pode praticar a disciplina eclesiástica com fidelidade e consistência se não entender que "pela lei vem o pleno conhecimento do pecado... o pecado é a transgressão da lei" (Romanos 3.20; 1 João 3.4).

Pregação
Se a doutrina da Lei e do Evangelho está no centro da revelação de Deus ao homem para salvação e santificação, então os pastores devem ter o cuidado de pregar a Lei e o Evangelho de maneira adequada.
Para os não convertidos, precisamos ter certeza de que explicamos que eles estão debaixo da lei e não têm esperança de justificação e salvação pelas obras diante de Deus. Também precisamos lhes mostrar suas transgressões da Lei para que saibam que são pecadores condenados debaixo da lei e que devem se arrepender de suas transgressões da lei diante de Deus. Devemos lhes mostrar como Cristo cumpriu a Lei por eles e morreu para expiar suas transgressões da lei para que possam receber o perdão exatamente como um presente de graça. E devemos lhes mostrar que ao aceitar a salvação eles estão se comprometendo a amar Jesus Cristo e guardar os Seus mandamentos.
Para os convertidos, os pastores devem com certeza ensinar a Lei de Deus para explicar o que é a santidade. E quando ensinarem um mandamento aos santos devem ter certeza de que ensinam o Evangelho, que os santos estão debaixo da graça em Cristo quando procurarem obedecer, para não tropeçarem no orgulho, na arrogância ou na justiça-própria; ou no desespero de que sua obediência não é suficiente para Deus aceitá-los. Devemos esclarecer quando ensinarmos a obediência que "sendo justificados (uma vez por todas), pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo" (Romanos 5.1). Apenas aqueles que vivem pela fé debaixo da graça terão o consolo e a força de que "o pecado não terá domínio sobre vós; pois não estais debaixo da lei, e sim da graça" (Romanos 6.14). Muitas vezes tenho ouvido pastores convocando os santos a uma vida de santidade, obediência fiel aos mandamentos de Deus, sem lhes dar o consolo do Evangelho no caminho.

Conclusão
Entender a Lei e o evangelho de maneira adequada é a chave da vida e pregação Cristocêntricas. Nós o apresentamos como aquele que cumpriu a Lei para os pecadores debaixo da lei, que vicariamente assumiu suas transgressões da lei e o juízo merecido, morrendo então sobre a cruz em um sacrifício justo diante de Deus pelos injustos. "Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus" (2 Coríntios 5.21). Agora, chamamos a todos os que estão condenados debaixo da lei a se arrepender e aceitar pela fé a reconciliação debaixo da graça e a vida eterna.
E convocamos os salvos pela graça a viver pela fé com alegria debaixo da graça e estabelecer uma vida obediente, santa, guardando a Lei com amor pelo seu querido Salvador e Senhor, que disse: "Se me amais, guardareis os meus mandamentos" (João 14.15).
Este é o remédio para o evangelismo superficial, santificação superficial, membros de igreja sem conversão, misticismo desenfreado e desorientado, sem disciplina eclesiástica. A Lei e o Evangelho são diferentes, embora sejam amigos inseparáveis. A Lei dá apoio à pregação do Evangelho, revelando o significado e a glória da cruz. E o Evangelho, que salva da condenação da Lei, manda os remidos de volta para a Lei como uma regra de vida debaixo da graça.

Notas:
1.       Veja Capítulo 19 – "Sobre a Lei de Deus" na Second London Baptist Confession (1689). Este capítulo também está incluído nos credos batistas de Filadélfia e Charleston aos quais muitos dos nossos antepassados Batistas do Sul se filiam.
2.       Charles Bridges, The Christian Ministry (Edinburgh: The Banner of Truth Trust, 1976), 222.
3.       James P.Boyce, Abstract of Systematic Theology (1887; reprint, Pompano Beach, Florida: Christian Gospel Foundation, 1979), 234-239.

Traduzido por: Yolanda Mirdsa Krievin Copyright © Editora Fiel 2011

Dr. Fred Malone serviu como pastor da First Baptist Church em Clinton, Louisiana. Ele obteve seu bacharelado pela Auburn University, seu M.Div. pelo Reformed Theological Seminary e seu Ph.D em Novo Testamento pelo Southwestern Baptist Theological Seminary. Dr. Malone é membro do Conselho de diversas organizações, incluindo Founders Ministries, Southern Baptist Theological Seminary, o Conselho Administrativo da Association of Reformed Baptist Churches in America e o Institute of Reformed Baptist Studies at Westminster Seminary na California. É autor de vários livros e artigos teológicos, professor e palestrante em conferências e seminários teológicos.

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