Um
amigo me contou o que aconteceu à sua esposa, quando se vestia em determinada
manhã. Ele observou que ela abotoou o casaco colocando o primeiro dos botões na
segunda casa e assim sucessiva- mente, por treze vezes. Por fim, descobrindo
que um dos botões havia sobrado, ela percebeu o que estivera fazendo. “Quantos
erros ela tinha cometido?”, ele se perguntou. “Um ou treze? Treze, porque ela
tinha co-metido um erro fundamental no começo.”
Este
mesmo princípio é verdadeiro no que se refere à adoração: os crentes cometem o
erro fundamental de crer que o propósito de reunirem-se aos domingos é a
evangelização. Em seguida, os crentes avaliam tudo que compõe nosso culto à luz
dos incrédulos que podem estar por acaso em nosso templo ou por terem sido
convidados. Nada deve intimidá-los, ameaçá-los ou iludi-los. E, visto que eles não
conhecem o sentido das palavras ou as melodias de nossos hinos, é recomendável
a adoração na forma de cânticos de grupos musicais. O conceito de leitura
pública de um livro que desconhecem é totalmente estranho para eles. Portanto,
se houver leitura, tem de ser bem curta. Igrejas mudam a Ceia do Senhor para
uma reunião particular no domingo pela manhã ou na quarta-feira à noite. As
orações devem ser curtas e simplistas, bem como o sermão, que deve abordar
assuntos que interessam aos incrédulos, tais como: solidão, maridos ausentes,
falta de esperança, falta de contentamento, mágoas, dificuldade de criar
adolescentes, e como lidar com tais problemas. A partir desta reunião de
domingo, os incrédulos devem sentir-se encorajados a participar de pequenos grupos
de estudo e de um curso sobre as doutrinas em que nós cremos. E somos
fortemente encorajados a acabar com a forma de adoração a Deus que temos
praticado por muitos anos.
No
entanto, todas estas idéias mudarão, se cremos que nossa adoração está centralizada
em Deus, que se revelou através da Bíblia. Nossa preocupação será agradar este
grande Deus. Como devemos nos aproximar dEle? Somente por intermédio do nome do
Senhor Jesus Cristo (temos de deixar isso bem claro); somente por meio de seu
sangue e sua justiça; depois, com confiança exultante, mas também com
reverência e piedoso temor. Quando o Filho de Deus orou, Ele mesmo se ajoelhou
na presença do Deus que é fogo consumidor. Se alguém tinha direito de ser
informal e casual com seu Pai, este alguém era Jesus de Nazaré. O Senhor Jesus
nunca magoou seu Pai, mas se prostrava quando falava com Ele. Tudo o que
fazemos e dizemos tem de ser agradável a Deus, ou seja, o Senhor Deus está
ciente até do que se passa no íntimo daqueles que ofertam pequenas moedas; Ele
se deleita com a alegria que demonstramos na administração de nossos talentos e
em tudo o que fazemos. Nosso louvor e orações precisam estar de acordo com as
Escrituras, e, acima de tudo, a Palavra pregada tem de servir ao propósito de
agradar a Deus, porque o sermão é o aspecto mais importante da adoração, visto
que através dele o Criador do universo fala a seres insignificantes. A
mensagem, tanto em seu conteúdo quanto em seu significado, deve proporcionar
aos incrédulos que foram atraídos ao culto o conceito exato a respeito de quão
glorioso Ser é o Deus vivo — Pai, Filho e Espírito Santo — terrível em seu
poder, incomparável em sua glória e extraordinariamente gracioso.
Não existe qualquer
indício de que a Igreja tem uma chamada para afagar as emoções dos incrédulos.
Os líderes da adoração não podem dizer: “Bem, sabemos que vocês não estão
interessados na vida e na morte do Senhor Jesus Cristo. Por isso, temos algo
mais para vocês”. Na verdade, não temos algo mais, além de Cristo. Temos de ser
absolutamente claros e unânimes sobre isso, na congregação e no púlpito. Se
eles não querem nosso Salvador, não podemos substituir a mensagem com maneiras
de temperarem seu casamento, assim como não podemos utilizar um culto musical,
coreografia ou regras de procedimento, para tornar mais agradável o seu
trabalho no escritório, ou oferecer um curso sobre a vida de solteiros. Tudo o
que temos a oferecer-lhes é um Profeta que os ensinará, um Cordeiro que
removerá a culpa deles e um Pastor que os guiará e os protegerá.
Nossa própria vida tem
de ser tão semelhante à de Cristo quanto possível, especialmente quando nos
reunimos. Nós nos reunimos para encorajar uns aos outros a viver como
imitadores de Deus. Precisamos ser irrepreensíveis em nosso vestir, nossa linguagem,
nosso uso do tempo, nossos relacionamentos ou mesmo em nosso humor, a fim de
sermos conhecidos como aqueles que desejam agradar o Jeová Jesus em todas as
coisas; e nosso evangelismo está fazendo com que o mundo perceba isto e saiba
por que cremos nisto. Os incrédulos descobrem que estão na companhia daqueles
que têm como objetivo principal o glorificar a Cristo.
Odiamos qualquer coisa
que não deixe isto bastante claro para eles; como, por exemplo, uma forma de
adoração vazia que não tem qualquer significado. Queremos que nossas palavras
sejam cheias de sentimentos e de afeições de temor a Deus. Linguagem popular e
simplista é menos importante do que uma linguagem com elementos mais profundos
e eficazes. Sempre ficamos comovidos quando as pessoas nos falam, de modo tão
amável e trans- parente, a respeito do Salvador e de seu amor por elas, o que
demonstra que abandonaram sua maneira frívola e irreverente de falar.
Apreciamos muito isso; e trememos no que diz respeito a quaisquer tentativas
que insistem em que nossa maneira de expressão no culto deve ser a linguagem
comum de nosso dia-a-dia. Essa linguagem pode ser correta para a comunicação
corriqueira com os outros, mas não para expressar as maravilhas de tão grande
salvação. Se o estilo e a maneira de nos expressarmos, quando nos reunimos na
presença de Deus, são aqueles mesmos que os in- crédulos ouvem entre eles, no
escritório ou em seu ambiente educacional, então, falhamos em alcançá-los. Nós,
aqueles a quem o Senhor buscou e salvou, somos sensíveis às verdadeiras
necessidades dos incrédulos. Portanto, se empregarmos qualquer coisa vulgar e
superficial, estaremos cometendo o pecado de sugerir-lhes uma deidade indigna
da atenção deles. Conseqüentemente, nossa adoração tem de ser simples,
espiritual, calorosa, reverente, substancial, caracterizada por orações
espontâneas, com hinos de mensagem profunda; uma adoração que terá como clímax
a pregação expositiva; uma adoração apoiada em formas que rapidamente obtêm
familiaridade com o que é divino; então, estes se tornam os melhores meios de
conduzir as pessoas a Deus, a quem servimos, e de impedir que a atenção delas
se prenda na observação de um pregador engenhoso que lhes esteja falando.
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Este mesmo princípio é verdadeiro no que se refere à adoração: os crentes cometem o erro fundamental de crer que o propósito de reunirem-se aos domingos é a evangelização. Em seguida, os crentes avaliam tudo que compõe nosso culto à luz dos incrédulos que podem estar por acaso em nosso templo ou por terem sido convidados. Nada deve intimidá-los, ameaçá-los ou iludi-los. E, visto que eles não conhecem o sentido das palavras ou as melodias de nossos hinos, é recomendável a adoração na forma de cânticos de grupos musicais. O conceito de leitura pública de um livro que desconhecem é totalmente estranho para eles. Portanto, se houver leitura, tem de ser bem curta. Igrejas mudam a Ceia do Senhor para uma reunião particular no domingo pela manhã ou na quarta-feira à noite. As orações devem ser curtas e simplistas, bem como o sermão, que deve abordar assuntos que interessam aos incrédulos, tais como: solidão, maridos ausentes, falta de esperança, falta de contentamento, mágoas, dificuldade de criar adolescentes, e como lidar com tais problemas. A partir desta reunião de domingo, os incrédulos devem sentir-se encorajados a participar de pequenos grupos de estudo e de um curso sobre as doutrinas em que nós cremos. E somos fortemente encorajados a acabar com a forma de adoração a Deus que temos praticado por muitos anos.
No entanto, todas estas idéias mudarão, se cremos que nossa adoração está centralizada em Deus, que se revelou através da Bíblia. Nossa preocupação será agradar este grande Deus. Como devemos nos aproximar dEle? Somente por intermédio do nome do Senhor Jesus Cristo (temos de deixar isso bem claro); somente por meio de seu sangue e sua justiça; depois, com confiança exultante, mas também com reverência e piedoso temor. Quando o Filho de Deus orou, Ele mesmo se ajoelhou na presença do Deus que é fogo consumidor. Se alguém tinha direito de ser informal e casual com seu Pai, este alguém era Jesus de Nazaré. O Senhor Jesus nunca magoou seu Pai, mas se prostrava quando falava com Ele. Tudo o que fazemos e dizemos tem de ser agradável a Deus, ou seja, o Senhor Deus está ciente até do que se passa no íntimo daqueles que ofertam pequenas moedas; Ele se deleita com a alegria que demonstramos na administração de nossos talentos e em tudo o que fazemos. Nosso louvor e orações precisam estar de acordo com as Escrituras, e, acima de tudo, a Palavra pregada tem de servir ao propósito de agradar a Deus, porque o sermão é o aspecto mais importante da adoração, visto que através dele o Criador do universo fala a seres insignificantes. A mensagem, tanto em seu conteúdo quanto em seu significado, deve proporcionar aos incrédulos que foram atraídos ao culto o conceito exato a respeito de quão glorioso Ser é o Deus vivo — Pai, Filho e Espírito Santo — terrível em seu poder, incomparável em sua glória e extraordinariamente gracioso.
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