Pesquisar este blog

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

O sentido...... Que Todo o Ser Procura (5º Cap)

A CIDADE DAS MINAS



           Na primeira cidade que encontraram depois que saíram do Vale dos Orientadores, Helena foi logo dando tomando a dianteira.
          Helena – Vamos parar para comer alguma coisa, estou faminta.
          Pedro – Vamos. Também estou com fome, deve haver algum lugar para se comer aqui.
          A medida que entravam na cidade perceberam que estava deserto, as casas fechadas, ruas e praças vazias, as paredes das construções eram todas escuras dando uma tom melancólico ao lugar. Quando enfim encontraram uma taberna entraram foram logo entrando. No interior da taberna havia algumas mesas, mas todas estavam vazias, estavam ali considerando a respeito do que poderia significar aquilo, quando alguém lhes dirigiu a palavra:
          - Podem se sentar. Desejam alguma coisa?
         Quando olharam para ver quem lhes falava, viram que se tratava de uma criança, assentaram-se e a menina veio tomar nota do pedido.
          Pedro – Sim traga-nos algo para comer, e não muito caro.
          Menina – Mais alguma coisa?
          Helena – Onde está todo mundo? A cidade é deserta?
          Menina – Estão trabalhando horas, é isso que todos fazem aqui.
          Respondeu menina já dando as costas
          Helena – Trabalhando? Parece que a cidade morreu.
          Instantes depois a criança retornou, sem nada nas mãos, e se assentou ao lado deles com um olhar distante (aparentando não ter sentimentos), e justificou:
          Menina – Vai demorar um pouco. É que normalmente não costumamos receber clientes nesta hora.
          Pedro – Como se chama?
          Menina – Marta. Vocês não são daqui não é?
          Helena – Não. Onde estão seus pais?
          Menina – Trabalhando, meus irmãos também.
          Pedro – Ela se chama Helena e eu Pedro, gostaríamos de conversar com o taberneiro.
          Menina – Vou chamá-lo.
          Falou a menina já se colocando de pé.
          Depois de uma longa espera, o homem vem ao encontro deles com duas tigelas nas mãos.
         Taberneiro – Aqui está, espero que gostem é a especialidade da casa. Minha criada disse que querem falar comigo. Algum problema?
         Pedro – Problema algum. É que gostaríamos de saber se o senhor poderia nos ajudar a encontrar algo? Será que podemos fazer algumas perguntas ao senhor?
        Taberneiro – Eu não sei de nada garoto. Não posso ajudá-lo. Mas vá falar com o Juiz Normam, é ele quem dirige nossa cidade.
         Pedro – Obrigado pela informação. Marta, sua criada, nos disse que todos na cidade estão trabalhando. Correto?
         Taberneiro – É isso que todos fazem por aqui. Trabalham o dia inteiro, depois vem para cá bebem até cair e vão embora, para começar tudo outra vez no outro dia. Parece que a bebida faz com que esqueçam seus problemas.
         Helena – Mas isso é covardia, fingir que o problema não existe não ajuda a resolvê-lo, não adianta se refugiar na bebida, isso não resolve nada, eles precisam encarar a vida de frente.
         Ouvir Helena falar daquela forma fez Pedro ficar surpreso. O taberneiro fechando a cara disse  em tom rude.
         Taberneiro – Ora garota, por mim quero mais que bebam. Assim ganho mais dinheiro, se não quer beber, problema seu, agora paguem o que me devem e não me amolem mais. Tenho que preparar as coisas para mais tarde quando as pessoas chegarem.
         Comeram rapidamente, pois um sentimento de repulsa se apossou deles e já não podiam suportar aquele lugar. Lá fora decidiram procurar esse tal juiz Normam, o que não foi nada fácil, uma vez que não havia ninguém para dar informações. Só depois de um bom tempo que puderam achar o Palácio da Justiça, local onde o Juiz Normam julgava. Era realmente um palácio, com abóbada no teto, pilastras ornamentando a fachada, uma pesada porta de madeira, várias janelas e um lance de escada que conduzia a entrada. Na recepção havia uma senhora (cujo nome era Labuta), que ao vê-los pôs-se logo em pé e calmamente perguntou:
          Labuta – Pois não? Desejam alguma coisa?
          Pedro – Boa Tarde Senhora! Gostaríamos de falar com o Meritíssimo Juiz Normam.
         Labuta – Ele não costuma receber ninguém neste horário, mas creio que não haverá problema algum. Como se chamam?
         Helena – Me chamo Helena e ele Pedro. E a Senhora?
         Labuta – Meu nome é Labuta, me acompanhem, por favor.
Enquanto seguiam por um corredor, pensavam no estranho nome daquela senhora, repararam então que naquele corredor haviam vários quadros na parede com algumas frases de efeito, tais como:
        - “O trabalho dignifica o homem”
        - “Não me incomode vai trabalhar”
        - “Vai ter com a formiga ó preguiçoso”
        - “O trabalho é a razão de ser do homem”

Nenhum comentário:

Postar um comentário

FAÇA UM CRISTÃO FELIZ.
ACEITO CRITICAS. NO ENTANTO NÃO ACEITAMOS COMENTÁRIOS CONTENDO FRASES DE BAIXO CALÃO. ME RESERVO O DIREITO DE NÃO PUBLICAR CRITICAS DE ANONIMOS.
NO MAIS, FIQUE À VONTADE PARA SE EXPRESSAR.