Por que se faz necessário estudar
heresiologia na atualidade?
Será que heresiologia é um assunto
importante?
Bem, o apóstolo Judas nos disse o
seguinte:
Amados, enquanto eu empregava toda a
diligência para escrever-vos acerca da salvação que nos é comum, senti a
necessidade de vos escrever, exortando-vos a pelejar pela fé que de uma vez
para sempre foi entregue aos santos (Jd 3)
De acordo com Judas, a pregação que
conduz à salvação exige uma luta pela fé. Essa luta inclui uma defesa contra os
ataques (apologética), uma correta compreensão do texto bíblico (hermenêutica /
exegese) e uma correta aplicação desses textos para que não se caia em
armadilhas e laços (heresiologia).
A heresiologia é o ramo da teologia
que se preocupa com os falsos ensinos, para lhes responder a altura e de forma
adequada.
Por definição, vem do grego hairesis e
significa:
1. Seita, facção, grupo ou partido.
Um grupo que defende determinada doutrina (At 5:17);
2. Ensino contrário a Sagrada
Escritura (2 Pe 2:1).
Não só o surgimento, mas também o
aumento da quantidade de heresias, dá-se como cumprimento de profecias bíblicas
e sinal de alerta em vigor nos dias atuais para a Igreja, feita pela Bíblia.
O estudo da heresiologia além de importante é bíblico, pois Jesus
alertou os seus (Mt 24:24); O apóstolo Paulo alertou a Igreja (Gl 2:4); O
apóstolo Pedro alertou a Igreja (2 Pe 2:1-3); O apóstolo João alertou a Igreja
(1 Jo 4:1); O apóstolo Judas alertou a Igreja (Jd 8); O profeta Isaías alertou
o povo (Is 44:24-25); O profeta Jeremias alertou o povo (Jr 5:31); O profeta
Oséias alertou o povo (Os 4:6); O profeta Ezequiel alertou o povo (Ez 13:2); O
profeta Miquéias alertou o povo (Mq 3:5); O profeta Sofonias alertou o povo (Sf
3:4); O profeta Zacarias alertou o povo (Zc 13:4). Enfim, a Bíblia alerta para
o falso ensino e o falso mestre.
Como poderemos identificar os ensinos
falsos se desprezamos a heresiologia?
Infelizmente, nos dias atuais muitas
pessoas têm buscado um suposto avivamento alicerçado na emoção e no bem estar
social eclesiástico. O fato é que a doutrina bíblica genuína e verdadeira nem
sempre trará um bem estar social eclesiástico, muito embora traga o bem-estar
com Deus. Entendemos que todos os verdadeiros profetas do Antigo Testamento
foram mortos pelos seus próprios conterrâneos (Mt 23:31,37). Jesus foi
perseguido por trazer um ensino que se posicionava na contramão da vontade
religiosa, e todos os apóstolos foram sacrificados por manterem a mesma
posição. Agora, por que os supostos cristãos da atualidade têm buscado um
caminho diferente daquele que o Autor e Consumador de nossa fé estabeleceu? Por
que o cristianismo pós-moderno tem buscado a contramão da Bíblia, na busca por uma
aceitação desenfreada de hereges em seu seio?
Como poderemos identificar Charles
Darwin, William Marrion Branham, Joseph Smith, Daniel Brandt Berg, Hippolyte
Leon Denizard Rivail, Ellen G. White, Kenneth Hagin, Charles Taze Russell,
Cesar Castellanos, Benny Hinn, William Soto Santiago, José Luiz de Jesus
Miranda, Paul C. Jong, Kenneth Coppeland, Valnice Milhomens e centenas de
outros mais como hereges se negligenciarmos o estudo da heresiologia?
Ora, ao negligenciarmos tal ensino
estaremos irremediavelmente nos tornando propensos a acreditar,
respectivamente, que: Somos descendentes de símios: A Trindade não existe;
Jesus é irmão de Lúcifer e Deus pratica sexo; O sexo fora do casamento é uma
forma de evangelização; A reencarnação existe; Temos que guardar o sábado
atualmente; Jesus possui a mesma natureza que satanás; Existem dois tipos de
salvos, os que herdarão a Terra e os que herdarão o céu; Que o G12 é uma
fórmula mágica bíblica; Que somos deuses; Que o anjo de Apocalipse 22:16 está
entre nós hoje; Que Jesus reencarnou e está no nosso meio hoje; Que o batismo
salva; Que uma das formas de Deus se manifestar ocorre quando alguém ri
descontroladamente e se atira ao chão em queda livre inconscientemente; E que é
necessário trazer as práticas judaizantes para a Igreja.
Bem, alguns questionam o fato da
apologética e da heresiologia desmascararem os hereges e seus ensinos, como se
isso fosse antiético. Na realidade, ética é um termo de origem grega e que pode
ser traduzida como “costume” ou ainda como “propriedade de caráter”. Assim
sendo, a ética é a “investigação geral sobre aquilo que é bom” (Moore GE.
Princípios Éticos. São Paulo: Abril Cultural, 1975:4). Dessa forma, podemos
compreender que em se tratando de ensino bíblico tanto a apologética como a heresiologia
são éticas, porque se procuram com muita propriedade em investigar aquilo que é
bom, ou seja, aquilo que é biblicamente bom e espiritualmente saudável.
A heresiologia é a ferramenta
teológica, que associada com a apologética, apresenta a defesa para um
cristianismo sadio.
Como disse Judas:
Amados, enquanto eu empregava toda a
diligência para escrever-vos acerca da salvação que nos é comum, senti a
necessidade de vos escrever, exortando-vos a pelejar pela fé que de uma vez
para sempre foi entregue aos santos (Jd 3)
Em outras palavras, o cristão que é
verdadeiramente diligente (zeloso e aplicado) em pregar o Evangelho genuíno de
Cristo para que haja salvação verdadeira, e não apenas convencimento mental
através de discurso fluente e enganador acompanhado de lotação de igrejas, este
cristão genuíno, peleja (luta, batalha) pela fé bíblica verdadeira que foi
entregue a quem é de fato santo (separado do pecado, isto é, das heresias).
Fonte: NAPEC -
Apologética Cristã
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