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segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Crentes amarrados em desamarrar

ESSA FOTO PEGUEI NO GENIZAH

Recentemente, o PORTAL GUIAME publicou uma matéria que comentava sobre um congresso para mulheres que aconteceu na Igreja Batista de Lagoinha em BH. No meio do congresso promovido pela igreja, num determinado momento, uma irmã em Cristo clamou a Deus desesperadamente pedindo ao Senhor que amarrasse o "espírito da solteirice". Isso mesmo, um clamor pelas irmãs solteiras que ainda não arrumaram seus "varões", e tudo isso por culpa de um "espírito" que deixa as pobres coitadas solteiras.
Obviamente outra invencionice gospel. Agora um espírito que amarra a pessoa com ela mesma, e ninguém mais se interessa por ela. Quantos "espíritos" ainda vamos ter de descobrir nesses congressos, recheados de imaginação "ungida"?
Não é possível, eles devem fazer uma lista desses "novos espíritos" antes do congresso começar, tipo: espírito de sem-vergonhice, espírito de maloquerice, espírito de unha-encravada, espírito de analfabetismo, etc...
Pesquisas recentes demonstraram que o tal do "espírito de solteirice" é um fenômeno claramente social. Vemos que uma grande parte de mulheres com mais de 30 anos e solteiras ainda, aumentou em 40% nos últimos dois anos. Isso aconteceu por uma série de fatores relacionados ao próprio desenvolvimento social da mulher.
Filmes de mulheres deseperadas para casar, como "sex and city", e as novelas estigmatizaram as solteiras na mídia e isso acaba gerando um desconforto enorme por quem "sofre" a solteirice.
Além disso existem fatores individuais, como a exigência por um par perfeito, a individualidade exagerada, a independência financeira, o relacionamento baseado em "profetadas", a desculpa da "falta de tempo", a introversão, etc. Tudo isso contribui para que muitas mulheres (e também homens) permaneçam solteiros.
O que muitas destas pessoas precisam na igreja é de uma boa conversa, um bom discipulado, quem sabe até uma boa terapia, para ajudá-las a desenvolverem relacionamentos saudáveis e a plantar um ótimo casamento.
Quanto aos irmãos que acreditam que é necessário amarrar um monte de "espíritos" para melhorar a vida do crente, quero dar algumas dicas:
1. Amarrem a própria língua: Guarda a tua língua do mal, e os teus lábios de falarem o engano. (Sl 34:13)
2. Amarrem seus corações ao Senhor Jesus: O coração alegre aformoseia o rosto, mas pela dor do coração o espírito se abate. (Pv 15:13)
3. Amarrem sua carnalidade: Porque, andando na carne, não militamos segundo a carne. (2Co 10:3)
4. Amarrem o desejo de serem muito espertos: Porque a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus; pois está escrito: Ele apanha os sábios na sua própria astúcia. (1Co 3:19)
5. Amarrem sua personalidade orgulhosa: A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda. (Pv 16:18)
Amarrando estas coisas, as demais não terão muita influência em sua vida. Então parem de desamarrar o que não está amarrado.

Bruno dos Santos é Diretor do VidaSat Comunicações, Coordenador Geral da CIA (Coalizão das Igrejas Apostólicas) e pastor da Igreja Vida Nova em São Paulo. Escritor e Conferencista, é formado em Teologia com especializações em Novo Testamento e Liderança. Casado com Silvia Regina, é pai do Lucas, da Laís e da Ana Luiza

ARTIGO PUBLICADO EM:
http://www.guiame.com.br/v4/blog_bruno/144636-1608-Crentes-amarrados-em-desamarrar.html

SEGUE O VÍDEO:


domingo, 21 de agosto de 2011

A VERDADEIRA ADORAÇÃO

A Verdadeira Adoração - Conforme o Salmo 50



“Invoca-me no dia da angústia; eu te livrarei, e tu me glorificarás” (Sl 50.15).
Muitos conhecem essa passagem popular do Salmo 50, mas seu contexto na Bíblia merece ser levado em consideração. O tema central do Salmo 50 é a adoração verdadeira a Deus, o legítimo louvor ao Senhor, o louvor que Lhe é agradável.

A verdadeira adoração na Criação

Adoração verdadeira começa com a Criação: “Fala o Poderoso, o Senhor Deus, e chama a terra desde o Levante até o Poente” (v.1). A real finalidade da Criação é louvar a Deus. É o que nos diz o Salmo 19.1: “Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos”.

A verdadeira adoração revela a grandeza e a glória de Deus

“Desde Sião, excelência de formosura, resplandece Deus. Vem o nosso Deus e não guarda silêncio; perante ele arde um fogo devorador, ao seu redor esbraveja grande tormenta” (vv.2-3).
“Conheço todas as aves dos montes, e são meus todos os animais que pululam no campo” (Salmo 50.11).
A verdadeira adoração sempre inclui e exprime a grandeza e a glória de Deus. Isso pode ser observado nas ocasiões em que Deus revelou-se aos homens de forma direta, em uma teofania. Quando o Senhor encontrou-se com Moisés, lemos: “Moisés escondeu o rosto, porque temeu olhar para Deus” (Êx 3.6). Isaías clama: “Ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos!” (Is 6.5). Elias “envolveu o rosto no seu manto” (1 Rs 19.13). Paulo caiu por terra e “tremendo e atônito, disse: Senhor, que queres que eu faça?” (At 9.6, Almeida Revista e Corrigida). Vemos, portanto, que a adoração verdadeira sempre tem a Deus como objeto, o que condiciona Seus adoradores a um legítimo temor diante da Sua santidade e a um estilo de vida santificado.

A adoração falsa

É justamente a falta de uma vida adequada do Seu povo que leva o Senhor a lamentar profundamente e a anunciar o juízo, como lemos no Salmo 50: “Intima os céus lá em cima e a terra, para julgar o seu povo. ‘Congregai os meus santos, os que comigo fizeram aliança por meio de sacrifícios’. Os céus anunciam a sua justiça, porque é o próprio Deus que julga” (vv.4-6).
Deus toma os céus e a terra por testemunhas e lembra ao Seu povo a aliança que firmou com ele, mas vê-se obrigado a acusar Israel, falando em julgamento. É uma acusação contra os rituais exteriores e vazios, ao culto sem conteúdo. Fazendo a aplicação aos nossos dias, Deus lamenta um cristianismo sem Cristo!
“Escuta, povo meu, e eu falarei; ó Israel, e eu testemunharei contra ti. Eu sou Deus, o teu Deus. Não te repreendo pelos teus sacrifícios, nem pelos teus holocaustos continuamente perante mim. De tua casa não aceitarei novilhos, nem bodes, dos teus apriscos. Pois são meus todos os animais do bosque e as alimárias aos milhares sobre as montanhas. Conheço todas as aves dos montes, e são meus todos os animais que pululam no campo. Se eu tivesse fome, não to diria, pois o mundo é meu e quanto nele se contém. Acaso, como eu carne de touros? Ou bebo sangue de cabritos?” (vv.7-13).
Deus volta-se contra a forma de culto apenas exterior, contra uma adoração sem conteúdo bíblico. Hoje, em muitas igrejas a adoração transformou-se em show, em ativismo piedoso sem ligação com o próprio Senhor. Em Israel, na época em que foi escrito o Salmo 50, acontecia o mesmo, e essa realidade está retratada por Isaías em seu lamento: “O Senhor disse: Visto que este povo se aproxima de mim e com a sua boca e com os seus lábios me honra, mas o seu coração está longe de mim, e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens, que maquinalmente aprendeu” (Is 29.13).

Adoração verdadeira é uma questão do coração

Em meio a esse formalismo no culto ao Senhor, Ele conclama Seu povo: “Oferece a Deus sacrifícios de ações de graças e cumpre os teus votos para com o Altíssimo” (v.14). Comprometa-se com Deus! Aí, sim, a maravilhosa e conhecida promessa do Salmo 50 repousará sobre os que adoram a Deus: “Invoca-me no dia da angústia; eu te livrarei, e tu me glorificarás”.

Uma falsa concepção de Deus

Hoje, em muitas igrejas a adoração transformou-se em show, em ativismo piedoso sem ligação com o próprio Senhor.
Deus repreende a trágica rebelião de Seu povo: “Mas ao ímpio diz Deus: De que te serve repetires os meus preceitos e teres nos lábios a minha aliança, uma vez que aborreces a disciplina e rejeitas as minhas palavras? Se vês um ladrão, tu te comprazes nele e aos adúlteros te associas. Soltas a boca para o mal, e a tua língua trama enganos. Sentas-te para falar contra teu irmão e difamas o filho de tua mãe” (vv.16-20).
Rebaixamos Deus ao mesmo nível em que nos encontramos. Muitos cristãos, quando exortados por seu comportamento errado, têm pronta a resposta: “Eu acho que estou certo, não vejo problemas com isso”. Mas, ao mesmo tempo em que se defendem, admiram-se que Deus não os ouve, agindo igual a Israel no passado. Deus, porém, não pode ouvi-los! Deixaram de considerar que Deus condicionou Suas promessas a certos requisitos.
“Tens feito estas coisas, e eu me calei; pensavas que eu era teu igual; mas eu te argüirei e porei tudo à tua vista” (v.21). Chamamo-nos de cristãos mesmo tendo fabricado um Deus que não corresponde ao Deus da Bíblia, um Deus que espelha nossa própria imaginação e reflete nossos desejos pessoais. Portanto, não devemos nos admirar quando Deus se cala! A causa não está nEle; está em nós. “Considerai, pois, nisto, vós que vos esqueceis de Deus, para que não vos despedace, sem haver quem vos livre” (v.22). Apesar de todo o ativismo religioso, Israel esqueceu-se de Deus. Talvez nós também O esquecemos muitas vezes. Por isso, Ele se cala. Assim, não podemos ouvir Sua voz.

A verdadeira adoração está alinhada com a Palavra de Deus

O Salmo 50 também nos apresenta a solução do problema do silêncio divino. Esta se encontra em nos conscientizarmos do que é a verdadeira adoração a Deus, que é um retorno àquilo que está descrito no versículo 23: “O que me oferece sacrifício de ações de graças, esse me glorificará; e ao que prepara o seu caminho, dar-lhe-ei que veja a salvação de Deus”.
As ações de graças que agradam a Deus começam quando direcionamos nossos caminhos a partir da verdade revelada por Ele em Sua Palavra, quando passamos a viver conforme a Bíblia.
As ações de graças que agradam a Deus começam quando direcionamos nossos caminhos a partir da verdade revelada por Ele em Sua Palavra, quando passamos a viver conforme a Bíblia. Adoração verdadeira diz: “Pai, não a minha, mas a Tua vontade seja feita. Eu Te agradeço, independentemente dos caminhos pelos quais Tu me conduzes. Muito obrigado por Teus pensamentos serem pensamentos de paz a meu respeito, mesmo que eu não conheça o caminho por onde me levas. Agradeço por me guiares e por teres garantido me levar ao alvo”.

Três princípios da verdadeira adoração

Mateus 8.1-8 exemplifica uma oração que agrada ao Senhor. Esses versículos relatam dois milagres da graça de Deus: “Ora, descendo ele do monte, grandes multidões o seguiram. E eis que um leproso, tendo-se aproximado, adorou-o, dizendo: Senhor, se quiseres, podes purificar-me. E Jesus, estendendo a mão, tocou-lhe, dizendo: Quero, fica limpo! E imediatamente ele ficou limpo da sua lepra” (vv.1-3).
“Tendo Jesus entrado em Cafarnaum, apresentou-se-lhe um centurião, implorando: Senhor, o meu criado jaz em casa, de cama, paralítico, sofrendo horrivelmente. Jesus lhe disse: Eu irei curá-lo. Mas o centurião respondeu: Senhor, não sou digno de que entres em minha casa; mas apenas manda com uma palavra, e o meu rapaz será curado” (vv.5-8).
Aqui encontramos três princípios da oração legítima. A fé declara: “Senhor, Tu podes!” O temor a Deus complementa: “Se Tu quiseres”. E a humildade acrescenta: “Não sou digno!”

A verdadeira adoração diz “sim” aos caminhos de Deus

Deus quer que oremos. E Ele quer atender nossas orações. Mas isso requer obediência à Sua Palavra e um estilo de vida santificado.
Quando buscamos o Senhor, não devemos esquecer que, independente da forma com que o Senhor nos responde, o Nome do Senhor deve ser exaltado acima e antes de tudo. Sabemos muito bem que o Senhor faz milagres ainda hoje. Mas Deus nem sempre responde nossas orações da forma que gostaríamos. Essa situação é descrita em Atos 12. Tanto Tiago (vv.1-2) como Pedro (vv.3ss.) estavam na prisão. Os irmãos haviam orado intensamente pelos dois. Ambos sabiam estar sob a proteção e o abrigo do Senhor. Para um deles, Tiago, Deus disse: “Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor” (Mt 25.21). Tiago foi decapitado. Ao outro, Pedro, foi dada a incumbência: “Vá para a vinha, pois a colheita está madura!” E Pedro saiu milagrosamente da prisão para ir trabalhar na seara do Mestre. As duas possibilidades são caminhos de Deus! Será que concordamos sempre quando Deus nos dirige, seja da forma que for?

Deus ouve a adoração verdadeira

Deus quer que oremos. E Ele quer atender nossas orações. Mas isso requer obediência à Sua Palavra e um estilo de vida santificado. Sabendo que Ele escuta e responde, podemos deixar a decisão da resposta com Ele, na certeza de que está sempre certo, independentemente da solução que nos proporcionar. A esse respeito, Deus diz: “Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que desejais” (Jr 29.11). (Samuel Rindlisbacher - http://www.chamada.com.br)

ARTIGO RECEBIDO POR E-MAIL EM 17/08/2011

PUBLICADO ORIGINALMENTE NA REVISTA CHAMADA PARA MEIA NOITE, EDIÇÃO DE MARÇO DE 2009.

Viciado em pornografia


As últimas brasas da fogueira já estavam quase apagadas. As etiquetas nas garrafas estavam danificadas, depois de dias expostas ao sol. Os que haviam acampado perto de minha barraca já estavam longe há algum tempo. Meu amigo e eu pegamos as coisas que estavam para trás. Ficou apenas um CD de hip-hop. Tínhamos algumas malas e garrafas vazias. Além de uma revista.

Sua capa estava molhada e irreconhecível. Eu a abri com um pedaço de pau. Havia orvalho naquele dia e as páginas da revista também estavam molhadas. Naquele momento eu vi uma mulher. Ela estava com seus seios descobertos.

Desde meus sete anos tenho fugido. Quero dizer, meninas eram “problemáticas”. Elas eram indesejáveis. Tinham alguma coisa que desejávamos, mas não sabíamos dizer o que, já que nunca as alcançávamos. Eu ainda me lembro daquela cena. Eu estava ao mesmo tempo empolgado e receoso. Eu não conseguia entender a razão, mas sabia que ninguém deveria me ver olhando aquela revista.

De uma coisa eu sabia: eu queria mais.

Alguns anos depois eu tive minha chance. Dessa vez eu não fugi. Eu tinha treze anos e estava na casa do meu amigo Tyler (nome fictício). Ele era meu único amigo com acesso à internet. Quase todos os dias nós jogávamos no computador por horas.

Certo dia, eu cliquei em um ícone que pensei ser um jogo; tudo mudou em nossa vida. Não era um jogo, mas um vídeo. Nossa primeira reação foi cair na gargalhada com as lentas imagens daquelas mulheres. Era uma gargalhada do tipo “desligue isso; é tão ridículo”. Contudo, nós não desligamos. Assistimos ao vídeo e, então, eu fui para casa.

Tyler continuou procurando por vídeos daquela natureza e me mostrou o que havia encontrado. Dessa vez, eu não fugi. Não queria continuar olhando, mas eu continuei. Estava hipnotizado.

Com o tempo, ficar olhando, juntos, aquela nudez na internet causava-nos estranheza e desconforto. Por isso, Tyler e eu preferimos nos dedicar ao pornô solo. Tyler continuou a fazer download de tudo o que podia. Dos vídeos mais leves aos mais pesados. Eu, àquela altura, estava dividido entre o prazer de ver aquelas cenas e a culpa que carregava dentro de mim pelo que estava a fazer. Em alguns dias eu estava forte, e resistia. Em outros, eu parecia um viciado em pornô, desesperado para achar uma imagem. Apesar disso, eu nunca comprei ou fiz download de um filme pornô. Era um garoto nascido na igreja, em uma cidade pequena. Todos me reconheceriam se descobrissem quem estava comprando aqueles vídeos. Além disso, eu não tinha computador em casa. Ao invés de comprar pornô, eu comecei a roubá-los.

Eu vasculhava as casas de meus amigos para ver se os pais deles tinham alguma revista Playboy. Quando não achava, as roubava de lojas de conveniência. Não muitas; apenas três ou quatro em alguns anos. De qualquer jeito, eu fiz.

Página por página eu ficava imaginando se aquilo poderia ser real para mim. Sei que é constrangedor dizer isso, mas aquelas mulheres pareciam me fazer sentir amado. Meus olhos desejavam aqueles corpos e faziam sentir-me um homem. Por um momento, eu me senti amado, desejado.

Eu me sentia perto de alguém, e não me incomodava o fato de aquele alguém não ser real. Para mim era muito real.

Entretanto, aqueles momentos de plenitude passavam. Sempre. O prazer fracassava. Em pouco tempo eu era tomado por um sentimento de remorso e culpa. Sentia-me a milhões de quilômetros da bondade e a bilhões de anos luz de Deus. Eu sempre pensava naquela primeira foto de mulher pelada que eu vi, na minha infância. Achava que Deus estava com um bastão em sua mão, me punindo à distância e me mostrando que não tínhamos nada em comum.

Sabia que aquilo não era verdade. Eu era um cristão. Sabia que Deus me via perfeito e amável, assim como via seu próprio Filho. Conhecia todas aquelas coisas. Amor. Graça. Perdão.

Contudo, eu não experimentava tais coisas em minha vida. Pior! Eu crescia cada vez mais frustrado comigo mesmo. Eu havia prometido para mim mesmo que eu não me incomodaria mais com aquilo, só para repetir meus erros.

Tyler não estava nada melhor. Ele começou a achar impossível crer em um Deus que o impediria de assistir seus vídeos pornôs. Sem Deus em sua mente, ele se convenceu de que pornô era apenas diversão. De que forma uma diversão pode machucar alguém? Tendo decidido que pornografia não é ruim, ele decidiu que aquilo seria algo útil para sua vida. Ele fez uma assinatura da revista Playboy e começou a comprar todos os seus vídeos.

Perceber o que estava acontecendo com o Tyler foi uma forma de me despertar. Eu sabia que estava fadado ao mesmo destino. Por isso, pedi ajuda. Certo dia, estava conversando com um amigo que é um bom cristão. Sem vergonha, disse tudo o que estava acontecendo a ele. Disse que se pudesse assistir a um filme pornô de graça, sem ser acusado por minha consciência, eu o faria. Pedi ajuda a ele e nós oramos juntos.

Para minha surpresa, meu amigo me disse que tinha o mesmo problema. Na verdade, a maioria dos meus amigos tinha. Pedimos a uma pessoa mais velha de nossa igreja para se encontrar conosco uma vez por semana e nos ajudar. Aquele homem não tinha nenhuma sabedoria mágica ou força sobrenatural para nos ajudar contra a pornografia. Contudo, ele nos ouviu, aconselhou e orou conosco. Ele se tornou um cuidadoso mentor para todos nós. A primeira coisa que ele nos mostrou foi que não estávamos sozinhos naquilo, não éramos os únicos a enfrentar aquele problema e tampouco éramos loucos.

Quando me encontrei com meu grupo, vi que minha vida precisava mudar. Muitas daquelas mudanças ainda se aplicam em minha realidade hoje. Primeira lição: Corra! “Voe”, dizia nosso mentor. “Alcoólatras devem atravessar a rua para fugir de uma garrafa de bebida”. Em meu caso, isso significa que não posso entrar sozinho em uma banca de jornal, ou usar sozinho um computador sem filtros de internet.

Preciso limitar as oportunidades que dou para a tentação. Tenho que criar um espaço que me distancie da pornografia. Não posso ter catálogos em minha casa. Não posso me dar o direito de assistir TV sozinho. Mesmo com filtros na internet, não uso o computador se não tiver outra pessoa em casa. Essas restrições me aborrecem algumas vezes. Todavia, elas me ajudam demais.

A segunda coisa que aprendi foi a perguntar: Como posso aprofundar meu desejo por Deus e esquecer-me dessas coisas que me fazem pecar? Alguém me disse, certa vez, que há dois cachorros no quintal do meu coração. Um cachorro cava egoísmo, pecado e prazer. O outro cachorro cava justiça, misericórdia, paz e obediência a Deus. Quando acordo todas as manhãs, escolho qual cachorro pretendo alimentar. O que eu alimento cresce até o outro não poder mais ser visto.

Preciso alimentar o cachorro correto. Faço isso quando cultivo relacionamentos honestos com cristãos. Tenho um amigo com quem converso de forma particular diariamente. Falamos abertamente sobre sexo, pecado e tudo o que nos leva a pecar. Juntos, nós buscamos formas de evitar o pecado. Nós oramos, choramos, nos ensinamos, nos deixamos aprender.

Eu também alimento o cachorro correto ao estudar a Bíblia em grupo. Não apenas a leio. Escrevo o que aprendi e o que desejo fazer com aquilo. Passo um tempo em silêncio, esperando para ver o que Deus falará comigo. Eu oro, adoro, sirvo outras pessoas.

Na maior parte das vezes, o cachorro bom prevalece. Aquele terrível monstro está tão sufocado agora que nem o vejo com tanta frequência. Contudo, de vez em quando ele aparece. Começa a latir e logo me vejo na direção errada. Ele late muito alto, quando não tomo cuidado em resistir às tentações. Então eu fujo. O deixo esquecido, ignorado.

Além disso, eu oro: “Deus, me ajude a fazer hoje o que é certo. Ajude o Tyler também. Livra-nos da pornografia e leve-nos próximos da perfeição. Faça-nos amar mais ao Senhor do que a nós mesmos e nos cerque com pessoas que nos façam lembrar que tu nos amas mesmo quando erramos. Cerque-nos com amigos e nos dê uma igreja que nos ajude a viver em santidade. Mate o cão mau e alimente o bom. Amém!”

Cantor e compositor, o último álbum de Shaun Groves, “White Flag” (Rocketown), foi baseado em como cada ensinamento de Cristo no Sermão do Monte (Mt 5) ajudou Shaun em sua vida.

Se você tem algum problema com pornografia, Shaun lhe encoraja a buscar ajuda com seu pastor, com um líder de estudo bíblico, ou com outro cristão maduro. Você também encontrará informação útil nos sites xxxchurch.com e freeinchrist.truepath.com.

Copyright © 2008 por Christianity Today International(Traduzido por Daniel Leite Guanaes)

Fonte:
Cristianismo Hoje
 

Jesus também discordou...


[...] do procedimento dos líderes religiosos de sua época.

Ele combateu com firmeza toda forma de hipocrisia, de mentira, de politicagem, de corrupção e de comércio no meio religioso.

Um sentimento que hoje tenho e que guardo no coração é o de LIBERDADE.

Sinto-me LIVRE para falar a verdade.

LIVRE para amar o próximo e também amar quem não me ama.

LIVRE para não concordar com as pregações que prometem coisas que o evangelho não promete.

LIVRE para suportar as afrontas e perseguições por escolher viver piamente em Cristo (II Timóteo 3.12).

LIVRE para considerar tudo como perda, pela sublimidade do conhecimento de Cristo (Filipenses 3.8).

LIVRE para me contentar com o que tenho (I Timóteo 6.8).

Com relação aos líderes religiosos, que sempre me esforcei para agradar e servir, passei a pensar da mesma forma que o apóstolo Paulo:

“E aqueles que pareciam ser influentes, ainda que tenham sido no passado, isso não faz diferença para mim... Esses que pareciam ser muito importantes, nada me acrescentaram” (Gálatas 2.6).

Fico triste em saber que muitos desses profissionais da fé, mesmo envolvidos em diversos escândalos, continuam sendo tratados como mediadores entre o povo e as bênçãos de Deus, porém, quem já é LIVRE em Cristo, sabe que Jesus é o ÚNICO MEDIADOR entre Deus e os homens (I Timóteo 2.5).

O próprio Paulo ficou admirado em ver que muitos se desviaram tão depressa da graça de Cristo para seguirem um outro evangelho (Gálatas 1.6).

Que Deus tenha misericórdia da vida de quem ensina e de quem segue cegamente esse “outro evangelho”. “Senhor, não lhes atribuas este pecado” (Atos 7.60).

Encerro esse comentário destacando mais algumas verdades contidas no Santo Evangelho (Novo Testamento) e que essas verdades possam nos ajudar a permanecer CAMINHANDO NA GRAÇA, DE GRAÇA:

“E também todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições.” II Timóteo 3.12

“Porque a vós vos foi concedido, em relação a Cristo, não somente crer nele, como também padecer por Ele.” Filipenses 1.29

“Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata e ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que, por tradição, recebestes dos vossos pais, mas com o precioso sangue de Cristo [...]” I Pedro 1.18,19

“[...] não andando com astúcia, nem falsificando a Palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo homem, na presença de Deus, pela manifestação da verdade. Mas, se ainda o nosso evangelho está encoberto, para os que se perdem está encoberto” II Cor. 4. 2,3.

“Foi para Liberdade que Cristo nos libertou! Portanto, permanecei firmes e não vos sujeiteis outra vez a um jugo de escravidão” Gálatas 5.1.

“Fiz-me, acaso, vosso inimigo, dizendo a VERDADE?” Gálatas 4.16

...a gente se fala pelo Caminho !!!

Betinho – Amigo do Blog Caminhando na Graça, de graça!

PUBLICADO ORIGINALMENTE EM: http://marcelonathanson.blogspot.com/2011/08/jesus-tambem-discordou.html

sábado, 20 de agosto de 2011

SJCampos: Lei pune quem induzir crianças ao homossexualismo

SJCampos: Lei pune quem induzir crianças ao homossexualismo
        A câmara de vereadores de São José dos Campos no Estado de São Paulo, Brasil, aprovou uma lei municipal que impõe uma multa de 1.000 reais em qualquer pessoa que distribua qualquer tipo de material que possa induzir crianças a se tornarem homossexuais, de acordo com fontes dos meios de comunicação do Brasil.

         O objetivo da lei é impedir o governo federal de reintroduzir um polêmico programa “anti-homofobia” do qual o governo de Dilma Rousseff havia recuado em maio, depois de protestos contra seu conteúdo sexualmente explícito por parte de evangélicos e católicos no Congresso Nacional.

     O programa, chamado “Escola Sem Homofobia”, está no momento sob revisão e expectação de ser reintroduzido logo. Embora a presidenta Dilma tivesse expressado sua intenção de remover os vídeos censuráveis que buscavam justificar o estilo de vida homossexual de um modo explícito, os oponentes do programa permanecem em atitude de dúvida.

         José Luis Nunes, coordenador regional da Campanha Nacional da Fraternidade da Igreja Católica, expressou seu apoio à lei, dizendo ao site noticioso UOL que “O MEC não deve impor esse tipo de situação às pessoas”.

       “O assunto não foi resolvido nem internamente [no MEC]. Esse material, pela minha avaliação, é totalmente prejudicial e inoportuno para a sociedade”, acrescentou ele.

      Os defensores da educação sexual gayzista afirmaram que o projeto de lei, que agora passa para o prefeito da cidade para sua aprovação, é “homofóbico” e “inconstitucional”.

Fonte: Julio Severo
Via: www.guiame.com.br

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Paul Washer – O Amor Incondicional de Cristo

 


Paul Washer fala sobre o amor incondicional demonstrado na morte de Cristo na cruz por pecadores indignos, pagando TODAS as suas dívidas.

Por: Paul Washer © HeartCry Missionary Society | hcmissions.com
Tradução: I’ll Be Honest (Português)
Revisão: voltemosaoevangelho.com
Permissões: Você está autorizado e incentivado a reproduzir e distribuir este material em qualquer formato, desde que informe o autor, seu ministério e o tradutor, não altere o conteúdo original e não o utilize para fins comerciais.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

He-man revoltado com a teologia da prosperidade



Por Avelar Jr
Quando eu era criança, achava muito legal assistir ao He-Man e à She-Ra (Na verdade eu assistia tudo que havia de programas infantis e desenhos animados). Mais legal ainda era que, no final de cada desenho, He-man deixava um conselho prático ou um ensinamento interessante (Bom, no caso de She-Ra, eu me lembro que eu tinha de encontrar Geninho…). Bons anos 80 que não voltam mais, não é?
O que me despertou, de fato, para a importância dos conselhos de He-Man foi que, num certo episódio, Esqueleto, o eterno arqui-inimigo do nosso super-herói, ficou pendurado na borda de um precipício, e a queda resultaria em sua morte. E eu, como toda criança normal, fiquei vibrante e pensei logo: “Finalmente He-Man vai pisar a mão desse cara e acabar com o mal!”.
Qual não foi minha surpresa ao ver que He-Man tomou a mão de Esqueleto e o salvou! Foi um choque. Como alguém tão bom poderia salvar alguém tão mal, que só pensava em prejudicar as pessoas? — pensava eu. Não era óbvio para mim: ele era realmente bom, e fazia algo que Cristo ensinou e praticou. No final, lembro que aquela boa atitude e bom exemplo me impactaram até hoje. Eu não me esqueço de forma alguma que Esqueleto ficou sem jeito e saiu com o rabinho entre as pernas, agradecendo ao seu rival — e agora também herói — por tê-lo salvado.
Pesquisando dia desses na internet, para ver se encontrava algum desses conselhos “He-Mânicos” no You Tube, encontrei vários deles. Creio que algo assim seria uma pérola para crianças e pré-adolescentes se ainda passasse na TV (e por que não dizer para os tiozões e tiazonas também?), que hoje em dia encontram desenhos superficiais, violentos, fúteis e que, raras vezes, transmitem uma boa mensagem, e de forma clara e direta.
Um desses vídeos de pérolas “He-Mânicas”, tem uma temática que me deixou bastante impressionado por se encaixar perfeitamente na nossa realidadezinha “gospel”: a busca de poder e dinheiro fácil, que lembra muito a nossa velha conhecida, a famigerada, a descartável, a tóxica e rebatida… “Teologia da Prosperidade”.
Pois é… depois disso He-Man passou a ser, para mim, ainda mais “mano”.
***
Avelar Jr é o único funcionário público que reclama que trabalha muito e não tem tempo pra blogar. Sermpre que dá uma folga, ele aparece no Púlpito Cristão

sábado, 6 de agosto de 2011

SÓ FALTAVA ESSA: PESQUISA SOBRE O DESEMPENHO DE DEUS!!!MISERICÓRDIA!!!




 Morgan Freeman, que atuou no papel de "Deus" no filme "O Todo-Poderoso"

Uma recente pesquisa sobre Deus (obviamente considerando Sua existência) com 928 meros mortais nos Estados Unidos, feita pelo instituto americano Public Policy Polling, mostrou que:
52% aprovam o trabalho que Deus tem feito 

9% desaprovam a forma como ele tem conduzido o universo 

50% concordam com a forma como ele lida com desastres naturais 

56% dão OK para a performance divina em relação aos animais 

71% aprovam a atuação de Deus na criação do universo

Qual é a sua avaliação?
Comentário de Hermes C. Fernandes - A que ponto chegamos! Quem somos nós para avaliarmos o desempenho do Criador? E desde quando Ele está preocupado em provar alguma coisa às Suas criaturas? Vale aqui a advertência bíblica: "Ai daquele que contende com o seu Criador, e não passa de um caco de barro entre outros cacos!" (Is.45:9a). A matéria termina com a pergunta: Qual é a sua avaliação? A única resposta possível que me vem à mente é: "Tal conhecimento é maravilhoso demais para mim, elevado demais para que possa atingir" (Sl.139:6).
(Publicado por Hermes Fernandes)

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

CANÇÕES QUE VALEM A PENA



DIGAM O QUE DISSER, ESSA É UMA DAS CONÇÕES MAIS MARAVILHOSAS QUE JÁ VI!

UM BÁLSAMO PARA A ALMA

A questão do cabelo e do véu

Autor :Prof. João Flávio Martinez


Alguns religiosos dizem que a mulher que corta os seus cabelos vai para o inferno. Outros ainda acrescentam que é importante e necessário o uso do véu no culto. Alguns chegam a arvorar que o cabelo quando cortado, devido a sua importância e santidade, é misteriosamente guardado em uma caixa de ouro celestial! Isso é absurdo! Não passa de uma lenda para provar uma doutrina sem o devido embasamento teológico! O texto mal interpretado é I Co 11.1-16.

Logo abaixo iremos mostrar que o cabelo e o véu, ou qualquer doutrina que o homem possa engendrar, jamais poderá substituir a graça de Deus.

Todavia para extrairmos uma interpretação correta do referido texto, iremos analisar a opinião de alguns teólogos e historiadores, que com toda segurança e sinceridade escreveram sobre o assunto.

Segue o comentário do livro do - Dr. OPINAM C. Stamps: “Paulo sustenta que o homem é a cabeça da mulher. Este fato subentende a subordinação da mulher. Deste modo, estabelece-se uma cadeia de comando: Deus, Cristo, o homem, a mulher. A partir desta proposição deduzem-se decorrências práticas. As mulheres estão erradas, se de qualquer forma, modificam suas diferenças em relação aos homens. Esta admoestação é verdadeira em qualquer circunstância. Paulo dá o exemplo da diferença no vestir. Uma das maneiras de se ver esta diferença estava na maneira dessas mulheres manterem o cabelo. Este devia permanecer de tal maneira que distinguissem os homens das mulheres. O cabelo da mulher simbolizava sua submissão e lealdade a seu marido (por causa do costume da época). Paulo também declara que o cabelo longo é uma vergonha para o homem.”

O Comentário da Bíblia Explicada:
“A mulher cobria a cabeça nos dias de Paulo, como sinal de modéstia e subordinação ao marido, e para demonstrar a sua dignidade. O véu significava que ela devia ser respeitada e honrada como mulher casada. Sem véu, ela não tinha dignidade; os homens não respeitavam mulheres sem véu, pois deste modo elas se exibiam pública e indecorosamente. Sendo assim, o véu era um sinal do valor, da dignidade e da importância da mulher conforme Deus a criou (conceito da época). O princípio subjacente no caso do véu, ainda é necessário hoje. A mulher cristã deve vestir-se de modo modesto e cuidadoso, honroso e digno, para sua segurança e seu devido respeito aonde quer que for. A mulher , ao vestir-se de modo modesto e apropriado para a glória de Deus, ressalta a sua própria dignidade, valor e honra que Deus lhe deu. Era costume oriental, no tempo dos apóstolos, a mulher cobrir o rosto com o véu quando andava nas ruas , porém podia dar-se o caso, enquanto ela lavava roupa no córrego, passar algum homem, e encará-la. Mesmo assim, no caso de não ter o véu disponível, teria um recurso: cobrir o rosto, com o seu cabelo comprido. Assim ela ter cabelo comprido lhe era “honroso”, mostrando que não era mulher destituída de pudor.”
Citarei ainda o Manual Bíblico do Dr. Halley:
“Era costume nas cidades gregas e orientais as mulheres cobrirem a cabeça, em público, salvo as mulheres devassas (prostitutas). Corinto estava cheia de prostitutas, que funcionavam nos templos (de Afrodite). Algumas mulheres cristãs, prevalecendo-se da liberdade recém achada em Cristo, afoitavam-se em por de lado o véu nas reuniões da igreja, o que horrorizava as outras mais modestas. Diz-lhes o apóstolo que não afrontem a opinião pública com relação ao que é considerado conveniente à decência feminil. Homens e mulheres têm o mesmo valor a vista de Deus. Há, porém, certas distinções naturais entre homens e mulheres, sem as quais a sociedade humana não poderia existir. Mulheres cristãs vivendo em sociedade pagã (pessoas que não conhecem a Deus), devem ser cautelosos sem suas inovações, para não trazer descrédito à sua religião. Geralmente vai mal quando as mulheres querem parecer homens.”
Não devemos dar valor ao que não é valorizado

A verdade é que o uso do véu era algo peculiar da igreja dos Coríntios, era um problema local. Não podemos transformá-lo em doutrina universal para a igreja! Mesmo porque, o apóstolo dos gentios nunca ensinou sobre o uso do cabelo e do véu para outras igrejas. Em nenhuma outra epístola iremos encontrar tal ensinamento. Contudo se as mulheres de hoje fossem praticar o uso do véu, teriam que usá-lo fora da igreja também como fazia as mulheres da época, e não somente durante o culto! Tudo isso mostra a incoerência de alguns em sustentar uma doutrina extra-bíblica.

É oportuno chamar a atenção para dois textos do V.T sobre esse tema:

“Então, se rapará”
(aqui está se referindo a purificação do leproso, independentemente do sexo)- Levítico 13.33
“Então, a trarás para a tua casa, e ela (a mulher) rapará a cabeça”.
(lei acerca da mulher prisioneira) - Deuteronômio 21.12

Nestes dois textos vemos a Lei de Deus determinar que o cabelo da mulher fosse rapado.

No primeiro caso temos a purificação da mulher leprosa, que quando curada da lepra tinha que rapar totalmente a sua cabeça. Depois, o caso da mulher que era presa nas guerras e trazida para o meio do povo de Deus, esta para ser recebida entre o povo, deveria rapar a cabeça.

Deus poderia curar a mulher leprosa sem ser necessário determinar que sua cabeça fosse rapada. A mulher capturada na guerra poderia ser recebida entre o povo judeu sem precisar ter o seu cabelo cortado. Conjecturamos, diante dos textos bíblicos, que “se o cabelo fosse tão importante, como muitas vezes é pregado, será que nesses dois textos Deus ordenaria o seu corte a ponto de que essas mulheres ficassem totalmente rapadas?”

A exegese correta, do referido texto (I Co 11.1-16), ocorre quando fazemos uma contextualização antropológica dos costumes dos povos primitivos (Cf. Gênesis 38.14-15). Comparando o texto da carta de Paulo com o livro de Gênesis chega-se a conclusão que o cabelo e o véu são uma questão de cultura e costumes de tempos bíblicos. Para os coríntios o cabelo (que era dado em lugar do véu), é sinônimo de santidade e honra, mas o mesmo véu em Gênesis é usado como disfarce para Tamar (nora de Judá) passar-se por uma prostituta. Não podemos entender isso se não levarmos em conta os costumes da época e seus valores culturais.

Endossamos plenamente o que Paulo disse: “Mas, se alguém quiser ser contencioso, nós não temos tal costume, nem tampouco as igrejas de Deus” (I Co 11.16).

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segunda-feira, 1 de agosto de 2011

A camarilha de jiuvá cerol invade o metrô.

É claro que vai! Pode esperar! Na igreja, estupidez é o novo pretinho básico. Dá em todo guarda-roupa do nosso mundinho fashion gospel...

Vai daí, antes que pululem nos comentários deste post as máximas da filosofia evalgélida - os campeões do lugar comum gospel-, eu já me adianto:

- Não toque nos ungidos; Com deus num se brinca; Não zombe dos dons espirituais; Ninguém segura o pudê de deuizi; Pelo menos eles estão falando de Gizuz; Eles estão pregando o evalgélio; Você é frio;  e por ai vai.

Bem assim, aprouve a este autor passar além do humor e usar este vídeo como instrumento de edificação dos que consideram o exemplo ali visto, um bom testemunho cristão. 

E deixo claro, desde o princípio, o meu respeito aos irmãos pentecostais. Ainda que seja desnecessário para a esmagadora maioria dos leitores habituais deste site - quem me conhece sabe bem o que penso, da minha história. Portanto, falo aos neófitos: o que se vê neste vídeo não é pentecostalismo.  O que se vê é vergonha. 






Ser cristão é ser imitador de Cristo. Agiria Cristo da forma vista neste vídeo? Ou o que vemos aqui são pessoas dando testemunho contrário? Já não bastasse  não serem instrumento de benção a outros, as pessoas neste vídeo escandalizam e afastam as pessoas. Pior! Se dizem pastores, líderes! Denigrem a imagem do corpo.

O vídeo começa com um grupo fantasiado de crente (Palhaço usando uniforme de polícia está fantasiado, ou não?) entrando no vagão, tal e qual, membros de uma torcida (des)organizada. Tomam conta do pedaço, com seus gritos de guerra gospel, assustam as pessoas, intimidam.

O povo de Jesus é um povo ordeiro. E povo ordeiro não significa ser bitolado, sisudo, antipático, carrancudo, bobo, reprimido, alienado, etc. Somos ordeiros porque somos seguidores de Cristo, amamos o Seu caráter santo e somos cidadãos do Reino de Deus. Como cidadãos, somos alimentados pelo Espírito, já vivemos segundo a ordem do Reino e revelamos ao mundo os dons e a prática da nossa cidadania, do nosso empreendorismo, do nosso projeto de vida: amor, alegria, paz, paciência, bondade, benevolência, fé, mansidão e domínio próprio. (Gálatas 5:22-23)

Este vídeo dá testemunho do Reino? Não. Nem mesmo “alegria” vemos ali. Só algazarra! A alegria é amorosa, jubilosa, afável, pacificadora e revigorante. Alegria é como bom perfume não afasta, mas convida. A algazarra, por seu turno, é egoísta, arrogante, beligerante, escarnecedora. E é isto que vemos aqui. Um bando de arruaceiros que invade o espaço público e se diverte atemorizando os que não fazem parte do seu grupo.

Ora, agindo assim é possível abrir caminho para pregar o Evangelho a alguém? Creio que não, mas assim foi feito. A turba gospel chegou e a primeira vez que se ouve o nome do Senhor foi quando um deles, aos berros, toma posse do vagão para Jesus e já segue dizendo que irá mostrar o pudê de deuzi e homem algum irá impedi-lo! E o que aconteceu? Afugentou as almas precisando conhecer o Senhor.

Pelo menos, ele falou de Jesus”, dirá o meu futuro crítico... Pode ser meu caro, mas nada de Evangelho! Nenhuma palavra sobre pecado ou salvação. Só péssimo testemunho. 

Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então lhes direi claramente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade. Mateus 7:22-23

O que se vê a seguir é pura demonstração de vaidade, carnalidade, presunção, embuste e, para encurtar a lista, o antônimo de cada palavra ditada por Paulo (Gl 5). Fossem eles tão dignos da unção especial que dizem ter, benditos pelo Senhor, não se notaria, tão contundentemente, a ausência de tudo o que se espera de quem o Espírito do Senhor repousa, como foi com David (Is 11:2): espírito do Senhor, o espírito de sabedoria e de inteligência, o espírito de conselho e de fortaleza, o espírito de conhecimento e de temor do Senhor.

Ninguém para a boca de um profeta!”, diz o destrambelhado e logo “profetiza”: - Crente que gosta de barulho faz favor de dar glória! Todos urram. Alguns, para a nossa tristeza, gritam o nome do Senhor e, claro, mais pessoas abandonam o local em nome de gizuz enquanto o outro beócio “ameaça” pregar a “palavra”.

Ficou na ameaça. Ninguém pregou nada. Meno male! (risos). Porém, se não vejamos:  

- Em qual passagem bíblica o Senhor Jesus chegou a um lugar e disse que ia pregar o Evangelho do Reino, quisessem ou não os que lá estivessem? 

- Quando foi que Jesus decidiu não mais estar à porta, mas arrombar e entrar? Abrindo já a geladeira e deitando no sofá, cantarolando o hit do Regis Danese?

- Era assim que a banda tocava na Galiléia?

Na sua terra se escandalizaram dEle, e o Senhor se impôs? (Mateus 13I, 54-58). Jesus não pregou e nem ficou com quem lhe pediu para se escusar. Jesus curou o endemoniado gadareno e se abancou na cidade contra a vontade do povo do local? Não! Foi e os deixou. E assim ensinou aos seus discípulos, quando estes fizeram seu “estágio para missionário”, lembram?

“Se em algum lugar não vos receberem, nem quiserem vos escutar, quando sairdes, sacudi a poeira dos pés, como testemunho contra eles!” (Mc 6,11)

Mas não foi assim naquele trem. Os bandoleiros de Gizuz se impuseram. Constrangeram. Falaram como bêbados e, sabe do pior: Não pregaram! Encheram-se de vaidade, queriam mostrar o puder de deus que estava com eles... E o que fizeram? Armaram um espetáculo circense. Deram piruetas. Simularam estar com um espirito, que mais parecia um encosto.

Simularam o falar em línguas, mas não edificaram. Assustaram. Será que os jovens ali presentes, talvez na espera de uma palavra de amor, candidatos a conhecer a Palavra compreenderam alguma coisa? Foram edificados ou assustados? Ah! Foram “impaquitados” !

Portanto, do que vale falar em línguas, quando não há quem as interprete e do que vale fazer assim, na presença de ímpios a quem deveriam estar evangelizando, se fazendo entender? De nada vale. Para os ímpios serão como bárbaros. Assim disse São Paulo:

1 Coríntios 14 2 E agora, irmãos, se eu for ter convosco falando em línguas, que vos aproveitaria, se não vos falasse ou por meio da revelação, ou da ciência, ou da profecia, ou da doutrina? 9 Assim também vós, se com a língua não pronunciardes palavras bem inteligíveis, como se entenderá o que se diz? porque estareis como que falando ao ar. 11 Mas, se eu ignorar o sentido da voz, serei bárbaro para aquele a quem falo, e o que fala será bárbaro para mim. 12 Assim também vós, como desejais dons espirituais, procurai abundar neles, para edificação da igreja. 13 Por isso, o que fala em língua desconhecida, ore para que a possa interpretar.


E o que se vê depois? Carnalidade, vaidade, exibicionismo, triunfalismo... 

O pior ficou para o final:

A turba afronta à autoridade local. Humilha os seguranças. Funcionários fazendo o seu trabalho com dignidade. Trabalhadores que tiveram ordens para não ceder à provocação, sob pena de perderem seus empregos. Ouviram mansos o achincalhe gospel, foram pacientes diante do olhar soberbo e das ameaças de maldição da camarilha de jiuvá:

- Não toque nos ungidos!
- “deus” vai bagunçar a sua vida! 
- Você vai dar com a cara no pó!

Pergunto:

- Quem foram os pacientes,  pacificadores, benevolentes, mansos e com domínio de si?

Da algazarra, do desrespeito ao direito do próximo, fazendo sujeira, ao estilo “marcha para jesus”, O QUE O IRMÃOZINHO ALI MERECIA ERA SER LEVADO À DELEGACIA DE POLÍCIA POR VADIAGEM e TRANSTORNO À ORDEM PÚBLICA!

Mas será que não é exatamente o que ele queria?

Não seria este o galardão que lhe falta na coleção de “puderes”? Girador na unxão, caidor no ispíritu, falador de linga di anjo, dono de paletó derrubador, marchador destemido e etc.?

Pronto! Seria a grande bença" Nasce um mártir. Um “ungido tocado”. Preso por pregar o evalgélio

Não! Espere! Faltam mais bênçãos a este varão:

Um telecurso primeiro grau que lhe permita ler aquela Bíblia que ele carrega debaixo do braço e, principalmente, que lhe haja um Felipe na vida! 

-“Entendes o que lês?”, ô varonete (Atos 8:30).

Ah! Que falta faz o nosso apóstolo jumper!



Danilo Fernandes, postando resignado no Genizah